
Por outro lado, a visão que eu tenho é idealista e não considera que muitas vezes as adaptações são feitas com o único objetivo de aumentar as vendas do mangá. Nesse sentido, não sei se obtiveram sucesso, mas posso afirmar que Ballroom e Youkoso se encaixa no segundo propósito. O número de cenas recicladas, de danças não animadas e as prévias dos próximos episódios caindo aos pedaços me fazem pensar que a produção estava caótica e que o orçamento era baixo. Por isso não acho que o anime conseguiu dar o dinamismo que poderia ter dado às competições, que seria um dos motivos para vê-lo. Apesar disso, a trilha sonora de Hayashi Yuuki (Death Parade, Haikyuu!!) é realmente fantástica e dá gosto de ouvir.
Agora, deixando essas questões técnicas de lado, vamos falar da obra propriamente dita. Ballroom e Youkoso se destaca, como mencionei anteriormente, pelos personagens. Principais ou secundários, todos eles possuem uma função na história e são devidamente desenvolvidos para cumpri-la. Explora-se backstories, motivações, perspectivas para o futuro, entre outros aspectos enriquecedores para se construir as relações entre os personagens. Acompanhar o crescimento de Tatara e seus amigos é de uma imensa satisfação. Além disso, a comédia de Ballroom e Youkosofunciona muito bem (até hoje não superei aquela cena que a Chinatsu se joga nos braços da Hongo-san, que aliás é a minha personagem preferida da obra :P). No fim das contas, eu diria que vale a pena dar uma olhada, mas se você gostar mais de ler do que assistir… Vá direto para o mangá. Prometo que não vai se arrepender! 🙂
8.0/10
Just Because! foca principalmente no desenvolvimento das relações entre os estudantes do ensino médio, ao mesmo tempo em que cada um deles tem suas próprias ambições a serem exploradas. Como exemplo tivemos Komiya, do segundo ano, membro do clube de fotografia, que luta para que o mesmo não seja fechado, e nesse meio tempo acaba desenvolvendo sentimentos pelo protagonista Eita. Assim, formou-se um triângulo amoroso entre Komiya, Eita e Mio, em que tivemos que esperar até o último episódio para descobrir como seria o seu desenrolar. Poliamor parece não ser uma opção para esses personagens, e com isso foi doloroso ver Komiya não ser correspondida. Tivemos também o desenvolvimento dos personagens coadjuvantes Haruto e Hazuki, que apesar de lento, não houve grandes conflitos e se desenrolou antes do protagonista.
Fora os conflitos ligados a relacionamentos, os personagens enfrentaram o término do terceiro ano do ensino médio, que traz bastante ansiedade devido às incertezas do futuro, e acredito que Just Because! soube explorar bem esse lado, sem deixar também muito dramático.
Algumas inconsistências na animação ocorreram no decorrer do anime, o que já era um pouco esperado, mas mesmo assim isso não trouxe grandes prejuízos ao aproveitamento da obra. No geral considero que o anime foi mediano, nada muito diferente ou grandioso, mas também legalzinho de assistir e descobrir que fim levaria o desenvolvimento dos personagens.
7.0/10
Acompanhamos a jornada de Kino e vemos como ela lida com essas situações, que às vezes conflitam com questões morais, ou então simplesmente permitem que ela conheça diferentes culturas e pessoas. Por se tratar de um anime episódico, a história se desenvolve separadamente a cada semana, assim alguns acabam não explorando tanto outros personagens ou suas backstories, e obviamente alguns têm tramas mais ou menos interessantes que outros. Em particular gostei bastante do episódio sobre o passado da Kino, em contrapartida não gostei tanto do último episódio, por exemplo.
Apesar de tudo, Kino no Tabi foi uma obra bastante interessante de se acompanhar. O estúdio Lerche fez um bom trabalho (especialmente os cenários ficaram muito bonitos), ainda que o uso do CG tenha sido estranho em algumas cenas. Mesmo não tendo visto a primeira versão de 2003, sei que o audiovisual foi uma das grandes melhorias para essa de 2017, mas aparentemente há coisas que foram melhores exploradas na versão anterior. De qualquer forma, isso não diminui o mérito do anime, e Kino e Hermes são adoráveis e me deixarão saudades.
7.5/10
Por se tratar de um shoujo-ai, tivemos leves insinuações amorosas entre as personagens, em particular Yuzu e Satsuki, assim como Ren e Natsume. Outras personagens e tramas ganhavam destaque no desenrolar das interações entre as personagens principais, que trabalhavam mantendo uma pousada e recebiam os hóspedes.
No fim, o character design não foi algo que incomodou, pelo contrário – apenas tornou as personagens mais adoráveis, todas elas com suas distintas personalidades, mas que no fim se completavam. A animação também permaneceu bonita e a trilha sonora contribuiu para a vibe healing do anime. Recomendo Konohana Kitan pra quem procura algo leve para sentir um calorzinho no coração e acha interessante uma história sobre raposinhas fofinhas e lésbicas. hahaha
7.5/10
Por outro lado, gostei bastante do Suou, que é um personagem maravilhoso e, por causa de alguns acontecimentos no início do anime, se tornou o chefe e precisou tomar decisões difíceis, mas não deixou de ser quem realmente é: carismático, atencioso, e que faz de tudo para ajudar os marcados a viverem mais.
Fora isso, vale pontuar que a trilha sonora de Kujira no Kora wa Sajou ni Utau é ótima. Gostei especialmente da abertura e da música inserida no episódio 7.
7.0/10
• A protagonista é uma mulher de trinta anos que sofre com as condições e o ambiente de trabalho, tem dificuldade em lidar com pessoas e busca uma espécie de refúgio no mundo virtual. Em outras palavras, Morioka Moriko é uma personagem na qual é incrivelmente fácil de se enxergar! Muitas pessoas conseguem se identificar com as enrascadas que a Morimori-chan se enfia e, além disso, a atuação de Noto Mamiko é simplesmente fenomenal.
• A comédia funciona! Por mais que o Koiwai seja um babaca e quase tudo em relação a ele me faça revirar os olhos, as cenas entre a Morioka e o Sakurai são engraçadas demais. Eles não sabem como interagir um com o outro e as situações que surgem a partir daí são ótimas, além de estupidamente fofas.
Apesar de seus tropeços, Net-juu no Susume é uma comédia romântica que entrega aquilo que promete. Devemos apontar seus problemas, mas não precisamos massacrá-la por causa deles. Para quem curte esse tipo de obra, recomendo muito que assista!
8.5/10
Shoukoku no Altair é um anime histórico com bases políticas muito fortes. Tudo que os personagens fazem é cuidadosamente pensado de antemão. Aquilo que Mahmut almeja – acabar com a guerra – é de uma ambição enorme. Estuda-se muito nas relações internacionais o porquê da guerra e o que é preciso fazer para se alcançar a paz, mas as respostas costumam ser inconclusivas. Por esse motivo, eu estava ansiosa para ver que rumo a jornada de Mahmut iria tomar… Mas acabei frustrada e decepcionada.
• O ritmo não funciona porque é corrido demais. O cenário construído pelo autor é complexo, há inúmeros países envolvidos na guerra, cada um com características próprias e objetivos diferentes, e existe um choque civilizacional muito forte em jogo – mas nada disso é explorado do jeito que deveria no anime. Todo episódio eles despejam personagens novos com os quais deveríamos nos importar, mas sequer temos tempo de fazer isso; as coisas se resolvem rápido demais e os timeskips não fazem sentido.
• A animação piora a cada episódio. A única coisa que ficava mais ou menos consistente era o character design, mas o resto… Uma tristeza.
• Trilha sonora? Que trilha sonora? É praticamente inexistente. Salvam-se só os temas de abertura e encerramento.
Enfim, Shoukoku no Altair é mais um caso de adaptação ruim. Planejo ler o mangá eventualmente porque tenho certeza que a obra tem mais do que isso a oferecer.