Impressões finais: temporada de outono (2023)

Estamos encerrando com esta postagem as nossas impressões de temporada em 2023. Gostaríamos de desejar um Feliz Ano Novo para todos os nossos leitores e agradecer pelo apoio que recebemos desde a criação do blog em 2016. Que 2024 seja um ano ainda melhor para todos nós!

Aqui, vocês poderão conferir as nossas impressões finais de Atarashii Joushi wa Do Tennen, Dark Gathering, Hoshikuzu Telepath, Kamonohashi Ron no Kindan Suiri, OVERTAKE!, Watashi no Oshi wa Akuyaku Reijou e Yuzuki-san Chi no Yon Kyoudai.

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Atarashii Joushi wa Do Tennen [Ana]

Nesse blog não temos distinção, assim como já escrevi aqui sobre minhas ilusões com casais héteros, chegou a hora de me iludir com os gays (como se fosse a primeira vez, né?). Nada me tira da cabeça que Momose e o seu novo chefe, Shirosaki, são um casal, mas é claro que aqui eles só são muito amigos, se ajudam muito, já que é super normal convidar o subordinado que você conhece há pouquíssimo tempo pra morar na sua casa e depois rolar todo um drama quando ele tiver que se mudar novamente.

Ok, eu entendo que a obra não é um BL, mas simplesmente esfregaram eles agindo com um casal o anime todo! Vou pegar aqui os meus paninhos pra passar para o fato do Momose realmente ter se mudado depois dos momentos ótimos que passou morando com o Shirosaki, afinal as pessoas precisam das suas individualidades e podem continuar namorando mesmo morando em casas diferentes, ainda mais quando as casas são literalmente lado a lado! (Essa sou eu tentando superar o final do anime, me deixem).

Brincadeiras à parte, eu não comecei assistir Atarashii Joushi wa Do Tennen pelo potencial BL, então o que veio foi lucro. Não quero que entendam como se eu não tivesse gostado, pois na verdade foi uma experiência bastante positiva. Vez ou outra as piadas com o Shirosaki sendo atrapalhado acabavam saturando um pouco, mas nada que prejudicasse o aproveitamento no geral. Os outros dois personagens, Aoyama e Kinjou – que também poderiam fortemente ser um casal, complementam bem o quarteto dos gays corporativos, e no geral foi bastante divertido acompanhar os momentos mais slice of life em que todos estavam juntos. Isso e o Hakutou, o gatinho adotado pelo Shirosaki, que era uma fofura e também uma diversão à parte.

Além disso, foi muito bacana ver como estar em um ambiente de trabalho melhor, com pessoas agradáveis e uma boa convivência foi gradativamente melhorando a saúde mental (e física) do Momose, embora ainda tivesse episódios de flashbacks e crises de pânico imaginando seu antigo chefe em lugares que obviamente ele não estava, afinal nenhum processo de recuperação de um trauma é fácil, mas estar em uma situação mais favorável com certeza ajuda muito.

Assim, para quem gosta de animes do gênero acredito que seja uma boa opção, mesmo que eu tenha ficado com a maior cara de palhaça com aquele final, a gente releva!

8.0/10

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Dark Gathering [Ana]

Se você se lembra das minhas primeiras impressões, já sabe que as expectativas que eu tinha pra esse anime haviam sido destruídas naqueles três episódios iniciais. Ainda assim, segui até o final na esperança de algo pudesse mudar ao longo do caminho. Bom, não aconteceu, e a sensação de estar assistindo algo adaptado em 2007 é muito real.

A experiência com Dark Gathering não chega a ser assustadora, mas há um exagero no gore e cenas que forçam o horror, que o torna certamente desconfortável de assistir. Sendo essa a intenção ou não, o fato de que os personagens não são lá muito carismáticos não ajuda a nos importarmos verdadeiramente com eles. Todo mundo parece meio biruleibe das ideias: o Keitaro, mesmo tendo horror ao sobrenatural, continua se metendo nas loucuras propostas pela Yayoi; a Eiko por realmente gostar de sentir medo, e mesmo passando por situações bizarras, no fim achar tudo incrível; e a Yayoi por todo o contexto de ir atrás dos espíritos e aprisionar até os mais perigosos nos seus bonecos, e mesmo sendo uma criança, é a que menos se abala.

Do meio pro final, o anime até que começa tomar um ritmo mais interessante, em que os três vão em busca de lugares que são sabidamente assombrados por espíritos de variados níveis, no entanto senti que em alguns casos despenderam tempo demais desnecessariamente, como o do menino dos bolinhos de carne, um dos mais irritantes. Além disso, o último episódio dá uma impressão de “não final”, parece que a adaptação simplesmente acaba do nada e sem sinal de uma possível continuação, que eu não sei se aguentaria, pra falar a verdade. Mais um desses “vai ler o mangá, otário”, porque é óbvio que os personagens não atingiram o objetivo final, que está relacionado a resgatar o espírito da mãe da Yayoi.

O pior de tudo é que a produção em si até que foi ok, o character design não era muito do meu agrado, mas teve uma animação e trilha sonora até que bacana, mas a verdade é que não há produção que salve uma história ruim. Por mais que eu seja uma fã do gênero de horror, com essa obra eu descobri que o verdadeiro horror foi assistir Dark Gathering até o final.

5.0/10

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Hoshikuzu Telepath [Lucy]

Não acredito que “substância” seja a prioridade de alguém indo assistir um anime de meninas fofas, mas às vezes a primeira impressão pode nos enganar. O problema é quando a segunda impressão engana também, e aí começamos a dar algumas voltas.

Hoshikuzu Telepath se propõe a desenvolver um enredo ao redor da cena competitiva de foguetes de modelagem (e essa não é uma frase que eu esperaria escrever durante o primeiro episódio). Ou seja, é mais um na linha do sub-sub-gênero “meninas fofas praticando hobbies”, e ele faz questão de ser beeeem técnico em alguns momentos de explicação. Com exceção de uma personagem, todas as nossas protagonistas são iniciantes; logo, até certo ponto essa exposição toda é até bem contextualizada. No entanto, quando vem, é de uma tacada — não dá pra absorver direito. Poderia ter sido mais diluído.

O outro foco, é claro, é o nosso quarteto principal. A Umika pode ser um pouquinho cansativa com a mania dela de gaguejar, mas acredito que seja de longe a melhor personagem da série. A pobrezinha não merecia passar por metade das coisas que aconteceram. A alien é fofinha porém um tanto rasa e inexistente fora do relacionamento dela com a Umika (que apesar da tag de ‘yuri’ no anime, não chega a avançar para um romance). A senpai é uma queridinha, mas demora bastante para ter alguma relevância, e quando ocorre, é extremamente breve. Por fim, com todo o respeito, a Raimon é uma arrombada (peço perdão aos fãs dela). É claro que ela tem seus complexos, e era evidente que uma hora a atitude dela iria evoluir. O problema é que a narrativa levou tempo demais para isso — ela passa praticamente a temporada inteira sem pedir desculpas pelas coisas que diz. A quantidade de episódios que ela ficou sem tomar responsabilidade pelos atos foi o suficiente para solidificar meu ranço pela personagem. Já era tarde demais.

Tivemos mais negativos do que positivos, então? De um ponto de vista técnico, não. O anime é muito bonito, isso é inegável — a qualidade da animação e design manteve-se ótima, e é o ponto alto da obra. Entretanto, falhou em me cativar. Isso não é surpresa para quem leu as minhas primeiras impressões, até porque a única parte que me empolgou (o relacionamento entre Umika e Yuu) acabou ficando de escanteio. Até mesmo o enredo de azarão, que geralmente eu adoro, não foi o suficiente. É uma pena, queria ter gostado mais.

5.0/10

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Kamonohashi Ron no Kindan Suiri [Mari]

Eu poderia resumir a minha experiência assistindo Kamonohashi Ron no Kindan Suiri com uma figurinha do WhatsApp: nossas expectativas já eram baixas, mas p*ta m*rda!

Para ser sincera, a minha maior surpresa foi eu ter conseguido terminar o anime considerando que todas as críticas que eu fiz nas minhas primeiras impressões permaneceram verdadeiras até o final. Tal como o protagonista Kamonohashi Ron, a escrita da autora Amano Akira vive uma constante crise de identidade: ela simplesmente não sabe o que quer fazer com a obra. Ao mesmo tempo que ela gostaria que levássemos a obra a sério, evocando nomes famosos da literatura como Sherlock Holmes e Professor Moriarty, todo o desenvolvimento para chegar até esse ponto é ridículo. Ela tenta encontrar explicações plausíveis para coisas que não existem como, por exemplo, a “doença” (sim, foi esse o nome que ela deu) do Ron que o força a matar os culpados dos crimes que ele investiga. Qualquer tensão que ela tente construir entre os personagens também não dura porque a todo momento ela inclui uma gag que não tem graça (vide a obsessão do Ron com kuromitsu).

Embora haja um certo desenvolvimento da relação entre Ron e Totomaru, os personagens em si não evoluem muito – o Toto em particular não é mais do que um proxy do Ron, que o utiliza para solucionar os casos que ninguém mais consegue e que ele não pode investigar diretamente pois não tem mais a sua licença de detetive. A chefe do Totomaru, Amamiya, que tinha potencial para ser uma personagem feminina interessante, aparece cada vez menos no decorrer da obra, além de ter sido reduzida à paixonite que ela tem pelo Ron. Enfim… Se eu pudesse dar um conselho para a Amano Akira, seria o mesmo que eu daria pro Tite Kubo: por favor, atuem exclusivamente como character designers.

Aliás, falando em questões técnicas… O visual de Kamonohashi Ron no Kindan Suiri, que já não era lá aquelas coisas, passa por um derretimento na reta final. Tem vários momentos que parece que estamos assistindo a uma apresentação de slides (tal qual a abertura) e que os bonecos estão falando, mas o rosto deles sequer é desenhado. É impressionante como nada se salva aqui – nem mesmo a música de abertura do UNISON SQUARE GARDEN, que normalmente é uma banda que eu gosto bastante.

5.0/10

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OVERTAKE! [Lucy]

Para alguém que estava tão empolgada para esse anime por causa do esporte que ele aborda, pode ser surpreendente eu declarar que o verdadeiro brilho de OVERTAKE! está em seus momentos longe da pista de corrida. Não que ele não brilhe nos momentos de competição — muito pelo contrário. Algo que me fascinou na obra é que ela conseguiu retratar exatamente o porquê de eu gostar tanto de acompanhar a carreira dos pilotos na vida real: os dramas pessoais, os mecanismos da categoria e os panoramas da competição.

Ajuda que os personagens sejam carismáticos: eu me apeguei muito rápido ao elenco e o enredo criou em mim a vontade de torcer e acompanhá-los (até já fanfiquei planejando carreiras inteiras pós-F4 para o trio de pilotos). E retomando o que eu tinha dito antes sobre o destaque do anime: a história do Kouya e sua inesperada relação com o desastre de 2011 em Tohoku, assim como o processo de superação de traumas (tanto dele quanto do protagonista Haruka) me tocou. É curioso, de certa maneira, perceber que já se passou tanto tempo desde então que já estamos tendo obras que dialogam com os efeitos a longo prazo de como o povo japonês foi afetado pela tragédia (um outro exemplo recente é o filme Suzume, do Makoto Shinkai, que me pegou igualmente desprevenida quando introduziu esse elemento). A abordagem de OVERTAKE! foi muito boa, com a delicadeza necessária.

Apesar de não ter focado em tantos aspectos quanto eu queria, ainda estou satisfeita com o quanto vimos do esporte. O lado pessoal complementou isso perfeitamente! No final das contas, foi uma história que não falhou em me abrir um sorriso. O visual também ajudou muito: tudo aquilo que eu disse nas impressões iniciais se confirmou. A animação dos personagens transborda com charme, as corridas têm uma direção dinâmica que ajudam a transmitir o clima, a paleta de cores brilhante traz a energia necessária. Por favor, deem uma chance à obra! Pode não ser o melhor anime do ano, mas com certeza é o mais subestimado.

8.5/10

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Watashi no Oshi wa Akuyaku Reijou [Lucy]

Para muitos, o amor é como uma montanha-russa. Para mim, essa história de amor com certeza foi assim, incluindo os trilhos meio enferrujados e o vagão sacudindo horrores.

Demorou um pouco para chegar na parte da narrativa que eu não conhecia ainda, mas até que fez bem. Essa recapitulação do primeiro volume ajudou a construir um ritmo melhor do desenvolvimento da dinâmica entre as personagens, e quando chegamos ao material coberto no segundo volume, as coisas já estão bem mais equilibradas. Tanto é que agora quero ler o resto da série, porque uma vez que as protagonistas estão em pé de igualdade, quero ver como o relacionamento delas continuará a se desenvolver. Tal como a Rae conquistou a Claire na base da insistência, a relação entre elas acabou me pegando depois de um certo tempo.

Entretanto, ao mesmo passo que o romance me conquistou, alguns elementos secundários da obra me chamaram a atenção negativamente. Como mencionei nas primeiras impressões, a sociedade no mundo do jogo é dividida entre “plebeus” e “nobres”, e há um grande foco nos atritos entre essas duas partes. Rae se recusa a tomar uma posição em relação ao conflito, mesmo como uma plebeia em posição de destaque na escola — tanto por sua habilidade e conhecimentos quanto pelo seu relacionamento com alunos nobres. Para uma obra que se propõe a trazer esse debate, somando-o ao conceito de “meritocracia”, achei essa decisão fraca, porque poderiam trabalhar muita coisa caso Rae quisesse tomar um lado no debate. Claro que ela não querer fazer uma escolha (em vez de não conseguir) também traz outras interpretações à personagem, mas achei um pouco preguiçoso…

Partindo para o enfoque de alguns personagens, detalharei alguns spoilers! Pulem dois parágrafos a partir daqui, caso queiram evitá-los. Vale também um alerta de conteúdo.

Tiveram duas situações exatas que me fizeram pensar “pera lá, não é bem assim que as coisas funcionam!”. No primeiro arco, ainda tratando dos conflitos plebeus-nobres, descobrimos que uma personagem esconde um romance entre ela e o irmão. A narrativa, a essa altura, acaba por equiparar os “amores proibidos” entre esse casal e as protagonistas, e eu acho que não preciso explicar o quão mal isso pega, né? Claro, a maioria de nós já se acostumou com ver tons de incesto em obras fictícias, mas colocar isso no mesmo balaio que homoafetividade não é algo que me cai bem — especialmente numa obra que foi elogiada nos primeiros episódios justamente por trazer discussões pertinentes sobre sexualidade.

A segunda questão foi durante os últimos episódios, na cena em que Manaria, suposta rival amorosa de Rae, revela seu passado: apaixonada por uma empregada, tentou reprimir os próprios sentimentos; não aguentou e nas palavras da versão dublada, “cometeu um grande erro” e “não se conteve”, ressaltando que sabia que a menina não conseguiria negar os avanços dela devido aos diferentes status sociais que possuíam. A animação mostra Manaria agarrando a personagem por trás e depois a derrubando no chão. Segundo os spoilers que encontrei, no final das contas foi uma relação consensual, mas certamente foi uma escolha da adaptação, não? Todo mundo lá bonitinho, as meninas um amor, mas a voz no fundo do meu cérebro ficou tipo “tá, mas a outra admitiu que estuprou alguém e ninguém fez nada?!”. Acabou manchando um pouco minha empolgação com os acontecimentos do último episódio.

Se você queria pular os spoilers, continue daqui! Apesar desses infortúnios, acho que ainda tirei mais proveito do que desgosto da obra. Continuo acreditando no potencial do enredo: esse foi o primeiro trabalho da autora, e isso ficou bem óbvio pela falta de nuance e escolhas que ela fez para abordar temas mais delicados. Visto que senti uma melhora em outros elementos ao longo dos episódios, pode ser que os próximos volumes dos livros trabalhem nessas falhas. Tratando do anime em si, cumpriu as expectativas: o orçamento baixo ficou evidente, mas pelo menos souberam trabalhar com o que tinham — isto é, nada derreteu nem atrasou. Por fim, queria elogiar também a equipe da dublagem brasileira: adorei o trabalho deles!

E agora podem abaixar os pés, a tia já terminou de passar pano.

6.0/10

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Yuzuki-san Chi no Yon Kyoudai. [Ana]

Dos animes que possivelmente passaram despercebidos por muita gente, mas que mereciam muito mais reconhecimento: Yuzuki-san Chi no Yonkyoudai. Desde o começo, eu sabia que ele tinha potencial de ser um dos melhores da temporada, e eu não estava enganada. Esse aqui me arrancou de tudo, risadas, lágrimas (de verdade), com direito a até a crackship influenciado pela Mari (esperando até agora a fanfic, haha), e devido a isso sinto que é até difícil colocar em palavras todas as minhas impressões, mas se tem algo que definitivamente posso dizer é: assistam!

Eu sinto como se Yuzuki-san Chi no Yonkyoudai. unisse o melhor dos mundos, ele consegue ser profundo em alguns aspectos, ao tratar das dificuldades que uma família formada por apenas quatro irmãos – em que três deles ainda são crianças – passam. Como Hayato se esforça para cuidar dos seus irmãos, mas como qualquer ser humano tem momentos em que também precisa de ajuda e cuidado. Como Mikoto e Minato lidam com o fato de terem irmãos mais velhos e mais novos e com as situações que nem sempre são harmônicas. Como Gakuto parece ser uma pessoa muito mais madura para uma criança de seis anos, e que tem certas preocupações, como de não sobrecarregar seu irmão mais velho, que provavelmente não teria se seus pais ainda fossem vivos. Além disso, a obra consegue trazer bastante leveza e mostrar que o apoio e cooperação de todos faz com que as coisas sejam funcionais. Por mais que sejam quatro meninos, é óbvio que conflitos aconteçam, também é nítido que existe muito amor envolvido entre eles.

Yuzuki-san Chi no Yonkyoudai. aborda não apenas conflitos familiares, mas também as relações deles com outras pessoas, em especial seus vizinhos. É bem curioso pensar que a vida deles poderia ser muito mais difícil se não tivessem o apoio dos Kirishima. O avô Torajirou sempre tomou conta do Gakuto quando necessário (o que em parte contribuiu para o Gakuto ser quase um velho no corpo de uma criança), Uta e Waka têm uma amizade muito grande com Minato e Gakuto, e a mãe Saki também se importa muito com os Yuzuki e foi bastante necessária quando Hayato ficou doente, por exemplo.

De início pensei que talvez a obra fosse focar um pouco mais no Minato, já que foi assim no primeiro episódio, mas nos seguintes senti que houve bastante equilíbrio, trazendo tempo de tela e desenvolvimento para os demais também. A obra conseguiu transmitir bastante de cada um deles e simplesmente não tem como não amá-los, cada um com o seu jeitinho. Yuzuki-san Chi no Yonkyoudai. até conseguiu trazer à tona a discussão sobre convenções sociais de gênero, como quando Uta arrumou um namorado e meio que fizeram a cabeça do Minato para ele se afastar. No final a lição foi que isso não tinha nada a ver, e que meninos e meninas podem ter uma amizade sem interesses românticos (mesmo que o namoro da Uta não tenha durado nada).

Yuzuki-san Chi no Yonkyoudai. além de tudo, teve uma ótima produção. É algo que vale a pena tanto em termos técnicos, como pela história. A obra é um exemplo de como famílias de formações não convencionais existem e por mais que se tenham momentos difíceis, eles também podem ser felizes. A tristeza foi mais a minha por ter acabado, não estava pronta pra me despedir.

9.0/10

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