Primeiramente gostaríamos de desejar um Feliz Ano Novo para todos os seguidores do blog! Estamos torcendo para que 2022 seja um ano melhor do que os anteriores… em todos os sentidos!
Nesta postagem vocês encontrarão as nossas primeiras impressões de Akebi-chan no Sailor-fuku, Baraou no Souretsu, Hakozume: Koban Joshi no Gyakushuu, ORIENT, Ryman’s Club, Sasaki to Miyano, Sono Bisque Doll wa Koi wo Suru e Tokyo 24-ku.
Akebi-chan no Sailor-fuku [Lucy]
Não vi muitos títulos desse ano ainda, mas arrisco dizer que essa é a estreia mais bonita da temporada. A palavra-chave de Akebi-chan no Sailor-fuku, visualmente falando, é “detalhes”. Tudo transborda com um detalhismo impressionante: as paisagens, a casa da Akebi, as roupas. Até mesmo o character design, que eu achei que seria difícil de adaptar para uma animação, acabou conseguindo manter suas características sem grandes detrimentos (se bem que isso em especial vai variar bastante de pessoa para pessoa). É uma animação que não tem ponto fraco, tanto os momentos lentos quanto os mais fluidos e movimentados são um prazer de assistir. É realmente impressionante observar os pequenos cuidados que tomaram ao desenhar os cenários.
No entanto, como sabemos, é praticamente impossível ser feliz há alguns anos, então me vejo forçada a encarar a realidade. Da última vez que o estúdio CloverWorks fez três animes de uma vez, um era Wonder Egg Priority e o outro era a segunda temporada de The Promised Neverland, então sabemos o quão bem isso acabou, né? E considerando que o não-aqui-comentado Tokyo 24-ku já está aparentemente caindo aos pedaços desde antes de ir ao ar, como relatado pelo próprio diretor do anime, eu não estou colocando muita fé no estúdio pelos próximos meses (não que eu estivesse fazendo isso antes dessa notícia). Acho que Akebi-chan é o anime “intermediário” deles em relação ao nível da produção, então não descarto a ideia de que esse ultradetalhismo vá se transformar num tiro no pé do estúdio nas próximas semanas.
E falando em nem tudo ser flores, por mais linda que seja a animação, foi difícil de ignorar o fetiche em pés de quem fez o storyboard do episódio. Ou do autor do mangá, não sei de quem é a culpa, mas eu certamente vi bem mais dedos e unhas do que eu esperava ao abrir o vídeo; isso sem contar a cena final que já está ficando meio infame entre quem assistiu esse episódio. Sendo sincera, algumas partes me deixaram ligeiramente desconfortável, mas o “fanservice” é feito de maneira tão sutil que ao longo do episódio fiquei questionando se a intenção da obra realmente foi apresentar a Akebi como atraente, ou se foi só uma escolha diretorial infeliz, ainda mais considerando que isso não ocorreu nas cenas de banho ou troca de roupa. Quando chegou na tal cena do cortador de unhas, concluí que realmente não foi tão surto meu, mas mesmo assim, acredito que tenha gente que não tenha visto maldade nenhuma em alguns ângulos. Quero dar o benefício da dúvida de que esses momentos tenham sido escolhas de algum diretor de animação, como eu acho que aconteceu em Adachi to Shimamura. Caso essas cenas realmente tenham vindo do mangá, então… só me resta esperar que a adaptação decida amenizar esse aspecto da obra.
Admito que estou um pouco em cima do muro sobre Akebi-chan. A relação da protagonista com a família dela é adorável, e ela em si é uma personagem simpática, que te faz querer torcer por ela. Eu gosto da proposta da menina com pouca experiência social querendo sair da zona de conforto dela, indo atrás de amizades num lugar novo. A atmosfera da obra nos melhores momentos é muito bonita e agradável. No entanto, esse desconforto acabou estragando um pouco a minha experiência inicial, e foi o que me impediu de colocar essa como a melhor estreia da temporada. É um anime do qual eu quero ver mais, mas estou com um pé bem atrás (sem querer fazer piada). Darei quantas chances eu conseguir, mas espero que eu não precise chegar a fazer isso.
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Baraou no Souretsu [Mari]
Baseada num dos primeiros rascunhos de Richard III, de Shakespeare, Baraou no Souretsu é uma obra de fantasia sombria que retrata a luta pela coroa da Inglaterra no período da Idade Média entre as Casas de York e Lancaster. O conflito ficou conhecido como “Guerra das Rosas” devido aos brasões das famílias, representados por uma rosa branca e outra vermelha, respectivamente. Nosso protagonista Richard III é membro da família de York e, amaldiçoado desde o nascimento por possuir um corpo que não é nem de homem nem de mulher, ele acredita que lutar na guerra e dar o trono para o seu pai – a quem ele chama de “luz de sua vida” – é a única forma de se tornar digno de amor e respeito.
Essa é a premissa de Baraou no Souretsu, cujo primeiro episódio não foi muito além disso. Fomos apresentados a Richard e sua família (eu já odeio a mãe dele), acompanhamos um pouco do seu cotidiano (especialmente o seu treinamento para se tornar um bom soldado), e vimos alguns vislumbres da guerra que está em curso. Não houve nenhum desenvolvimento realmente marcante até o momento, mas estou curiosa para ver aonde esta história irá nos levar, visto que o anime já foi confirmado com 2 cours e parece haver bastante conteúdo para adaptar.
Dito isso, eu estou com sentimentos conflitantes em relação ao visual do anime. Não é como se a animação estivesse caindo aos pedaços nem nada do tipo, mas eu achei tudo muito sem vida, sabe? Talvez seja uma escolha deliberada do diretor para refletir o estado mental do protagonista, mas sei lá, eu realmente não achei nada muito atraente: nem os character designs, nem os cenários, nada. É um pouco broxante quando você tem um enredo bom e um visual que não acompanha (né, Blue Period?), mas vou esperar para ver se as coisas melhorarão nesse quesito…
Por fim, eu acho interessante a ideia de abordar a intersexualidade do Richard, especialmente em um período que pouco se sabia sobre isso, porém tenho medo do que a narrativa pode fazer com ele. Espero que não tenhamos estupros gratuitos por shock value e coisas do gênero.
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Hakozume: Koban Joshi no Gyakushuu [Lucy]
Antes de começar o review, preciso que todo mundo aqui entenda o conceito de “copaganda”. Se você já conhece o termo, pode pular pro próximo parágrafo; caso não, vou explicar da maneira mais simples que consigo: é propaganda policial, como aquele filme de ação que quer que você pense que a força policial está acima de tudo e todos. Também pode ser aquele seriado de comédia que representa os delegados como pessoas relaxadas, tranquilas e até um pouco bobas, por que não? Mas sempre legais e praticamente sem defeitos, no final das contas… O que sabemos que está bem longe da realidade. É só ligar em qualquer noticiário, nacional ou internacional, para ver que policiais não são feitos de glamour e boas vibes. A intenção das obras copaganda é disfarçar um pouco essa situação, sendo basicamente uma tentativa de limpar a imagem da corporação e aumentar a popularidade dela entre o público geral.
Hakozume é, como você já deve ter deduzido, 1000% copaganda, em toda a sua essência, de cabo a rabo. Isso não é um grande problema pra mim necessariamente, porque é uma constante dos meus queridos gêneros de crime e mistério. Uma hora você acaba acostumando ou até relevando, dependendo do que for (senso crítico existe pra essas coisas). O que me chamou a atenção na propaganda em Hakozume foi sua intenção: essa não é uma obra que almeja glorificar a posição de policial, mas sim um anime que quer que você TENHA PENA dos policiais, de maneira descarada. É certamente uma maneira de tentar humanizar a profissão, ainda mais considerando que a autora do mangá original foi policial por cerca de uma década. A motivação dela para criar a obra é atrair mais jovens para a profissão, e é até compreensível, visto que o que a motivou a largar tudo foi a morte de um colega (mais detalhes aqui), mas… o jeito que ela pinta o dia a dia da profissão foi, certamente, uma escolha.
Eu até gostei da coitada da protagonista, mas a dupla dela é irritante. O personagem dela é basicamente ser azeda, e as falas dela só me deram razões para apoiar os civis que a insultaram — que inclusive também chamam a atenção pelos piores motivos possíveis. A gente sabe que policial não é a profissão mais popular do mundo, mas que cidade é essa onde todo mundo só sabe xingar as personagens? Sei que a mensagem principal é “por favor, veja como sofremos nesse emprego”, mas para um anime que tem uma representação tão mundana da polícia, o exagero ficou descabido. E de um ponto de vista narrativo, nem faz sentido. Se você quer que as pessoas se dediquem à profissão, por que você vai colocar seus representantes como completos miseráveis maltratados?
Certos mistérios só a autora vai ser capaz de responder, mas eu levanto um questionamento: mesmo depois disso tudo, se você não tiver problemas com essa premissa, o anime ainda se salva?
Olha, sinceramente, tá difícil. Hakozume é, em teoria, uma comédia, e enquanto eu até esbocei um sorriso em alguns instantes durante a primeira metade do episódio… Alguns trechos me fizeram chegar perto de fechar o vídeo imediatamente, tal como a cena onde o pai da policial novata fala pra chefe dela que ela é “tão linda que poderia ser atriz pornô” (e é pra você achar isso engraçado). As piadas que foram recorrentes ao longo do episódio (particularmente a chefe sendo duas-caras e desbocada) cansam rapidamente, e se continuarem ao longo da série, só vão ficar mais desgastadas ainda.
Confesso que eu não faço ideia de o que fazer com Hakozume. Eu vou tentar o segundo e o terceiro episódios (minha tolerância é bem alta, no final das contas), mas eu não prometo impressões finais pra ninguém, não. Mesmo desconsiderando as súplicas para que você tenha mais dó de policiais, o anime não tem graça nenhuma. Pode ser que tenha sido infortúnio desse episódio e depois a situação vai melhorar? Pode. Mas até agora, o visual e a animação são os mais básicos possíveis; é importante ressaltar o realismo, mas não precisa deixar tão sem vida! O humor também é bastante “hit or miss”, mais “miss” do que “hit”. Pensando mais um pouco, só consigo elogiar a abertura, e por incrível que pareça, pelo menos as partes copaganda têm seu mérito frente a outras obras do tipo: mostram que a vida policial não é só perseguição, tiroteio e medalhas de honra, lembrando que os momentos entediantes e negativos são bem mais frequentes. Sonhe em ser policial, mas tenha noção da realidade.
Se eu preciso dizer que o marketing social é o aspecto mais valoroso do anime, já dá para ter uma boa ideia do resto.
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ORIENT [Ana]
Eu claramente só estou me aventurando em Orient por ser de autoria da Ohtaka Shinobu, conhecida também como autora de Magi, e só estou escrevendo isso também porque disse que “estou com saudades de falar mal de algo”, com expectativas baixas a gente não se decepciona.
Já adianto aqui que não achei de todo ruim, e aí eu não sei se meu cérebro não estava funcionando muito bem no momento em que assisti isso, mas achei o universo proposto um tanto confuso, não dá pra entender exatamente se a história se passa no passado ou no presente de algum universo próprio já que temos elementos que se misturam, como uma moto aparecendo no nada em um ambiente que não parecia ter certa tecnologia. Além disso, embora tenha seus elementos de fantasia particulares, a premissa em si não é exatamente inovadora. Temos um universo que vem sendo dominado por demônios e o protagonista Musashi e seu amigo Kojirou fazem uma promessa quando crianças de se tornarem samurais no futuro a fim de matarem esses tais demônios, no entanto cinco anos depois os dois entram em conflito. Apesar de Kojirou ser um descendente de samurais, devido a reputação ruim que ser um samurai representa atualmente, ele desiste da promessa enquanto Musashi secretamente se aperfeiçoa mantendo seu desejo de infância. No decorrer do episódio, Kojirou se encontra na situação de salvar seu amigo e mesmo não muito seguro de sua decisão decide novamente se unir a ele na ideia de derrotarem os demônios, mas também de recuperarem a reputação dos samurais.
Acho interessante a ideia dos rapazes retomarem a amizade e irem contra o que todos esperam em busca do seu propósito, independente da reputação ou qualquer outra coisa, no entanto não sei o quão bem isso será executado. Mesmo querendo não fazer muitas comparações com Magi, fica difícil com um visual tão parecido (embora não seja nem o mesmo estúdio, nem a mesma equipe em ambos) e uma dinâmica de amizade que talvez lembre um pouco Aladdin e Alibaba (mas posso estar enganada), só que sem o mesmo carisma. Vendo por esse lado, de fato, Orient não parece ter o mesmo brilho que sua antecessora, mas ainda assim me faz querer acompanhar a jornada dos dois amigos. Espero entender um pouco mais do universo nos próximos episódios e quem sabe me cativar mais com o que Orient tem a nos oferecer.
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Ryman’s Club [Lucy]
Finalmente, uma estreia que posso falar que “gostei”, sem nenhum porém ou adendo. Aviso que não é um episódio magnífico nem apresenta nada de extraordinário, antes que alguém se empolgue lendo isso, mas é divertido e traz uma proposta interessante o suficiente para se destacar no gênero de esportes: a saga de um time profissional de badminton de segunda divisão. Para quem já cansou do constante protagonismo de adolescentes, recomendo que deem uma chance para o anime! Até porque o que liga os jogadores ao time é o fato de todos serem funcionários da mesma empresa, patrocinadora do time. Logo, acredito que a vida profissional deles também terá impacto na história, pelo menos até certo ponto. Não é inovador, mas é diferente o suficiente para trazer um ar fresco.
Pelo que tudo indica, o enredo em si focará mais no desenvolvimento (inter)pessoal do protagonista, em vez de acompanhar o time como um todo. O rapaz acabou de ser demitido do time/emprego anterior por desempenho insuficiente, e por mais que consiga uma nova chance em outra empresa, se depara com a necessidade de ter que mudar de categoria (de solo para duplas). Ele já jogou em duplas quando adolescente, mas algum ocorrido fez com que ele passasse a jogar sozinho, por mais que esse não seja o seu forte. As questões centrais até o momento são a adaptação dele junto ao seu novo parceiro, e o porquê dele ter abandonado a categoria (e ser tão relutante em retornar). Logo, acredito que apesar das cenas com os rivais na abertura, o foco não será tanto na disputa em si, com esta servindo apenas de plano de fundo para os desenvolvimentos entre o protagonista e seus colegas — em especial, o parceiro dele. Pelo menos o ship já me cativou um pouco. É um anime de esporte, gente, é claro que eu tô esperando isso! O cara até faz uma lista de possíveis ship names nomes para a dupla em determinado momento.
Piadas à parte, minhas expectativas para Ryman’s Club estão bem otimistas! Há uma cena relativamente extensa de jogo no meio do episódio, e está bem animada. Claro que se tratando do LIDENFILMS, sei que ainda preciso manter cautela, mas pelo que me lembro, eles foram competentes nesse aspecto com o igualmente focado em badminton Hanebado! (mas só nesse aspecto mesmo). Eu estou curiosa sobre o passado do protagonista (apesar de claramente ainda não ter decorado o nome dele), curti a dinâmica dele com o parceiro de duplas dele, e o restante do time me pareceu interessante também. Novamente, sei que não vai ser nada absurdo, mas um simples arroz com feijão é algo tão gostoso, né?
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Sasaki to Miyano [Mari]
Acompanhar a história de um fudanshi que tenta a todo custo esconder seus interesses quando não se é fujoshi nem fudanshi é um tanto cômico. Embora eu tenha noção da maioria das coisas, ao contrário do pobre Sasaki, ainda é engraçado ver as reações e explicações do Miyano. Embora o Sasaki já tenha se dado conta que está apaixonado pelo Miyano (o que é um milagre considerando toda a ladainha do “mas ele é um garoto!” + o fato de ainda estarmos no primeiro episódio), não dá para realmente prever como Miyano irá reagir a isso, visto que ele não se considera gay e apenas gosta de consumir conteúdo gay (nas palavras dele mesmo).
Imagino que o desenrolar de Sasaki to Miyano será o mesmo de um slice of life com pitadas de romance qualquer, porém com o diferencial de ser gay. Não sei se Sasaki irá se declarar ou se Miyano aceitará seus sentimentos caso isso aconteça, mas eu certamente estarei torcendo pelo casal. Ambos os personagens são fofos e dá vontade de adotá-los. Sairei no soco com toda e qualquer pessoa que ouse machucá-los!
Quanto à parte técnica, não há nada que salte aos olhos, seja positiva ou negativamente. Talvez o maior destaque seja o character design, que eu achei bonito, mas de resto Sasaki to Miyano segue os padrões para uma obra do seu gênero, o que não é um problema pra mim.
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Sono Bisque Doll wa Koi wo Suru [Ana]
Confesso que fiquei animada para Sono Bisque Doll wa Koi wo Suru desde os previews pelo visual e pela premissa em si, embora algumas coisas tenham me incomodado durante o primeiro episódio, eu acredito que tenha mais potencial de agradar do que desagradar.
Gojou é um rapaz que desde criança tem uma paixão por bonecas tradicionais, mas é traumatizado por um episódio na infância em que uma garota o ridiculariza por causa do velho “você é um menino, bonecas são coisas de meninas, blá blá blá”. Achei muito interessante a obra abordar esse assunto, já que gostar de bonecas deveria ser apenas um hobby independente de gênero. Já na adolescência, Gojou continua cultivando essa sua paixão, ajudando seu avô a fazer as bonecas, mais precisamente costurando suas roupas, no entanto se sente excluído em relação às outras pessoas da sua sala e acredita que pessoas populares como a Marin não seriam amigos dele de qualquer forma.
Marin é uma garota bastante extrovertida, ao contrário de Gojou, e mesmo aparentando ser uma patricinha, passa uma vibe meio “she is so crazy I love her” e a relação entre os dois muda quando descobrem os segredos um do outro. Ao saber que Gojou sabe costurar, Marin não apenas não se importa com o fato de ele gostar de bonecas, mas revela que é uma cosplayer, que até tenta fazer as próprias roupas, mas sabe o básico do básico da costura. É nítido que algo entre eles surge a partir daí, além do início de uma parceria e uma possível amizade. Aquela coisa, né, adolescentes, hormônios… Embora ter recebido um pantsu shot e uns momentos de tensão sexual meio ambíguas logo de cara tenha sido um tanto inesperado e desconfortável, posso aceitar se esse recurso não for comumente utilizado nos próximos episódios.
Tirando esse fato, além de estar curiosa para descobrir que tipo de situações a dinâmica costureiro-cosplayer poderá render, acredito que teremos momentos bastante divertidos e já torço muito pelo casal, que em questão de personalidade, tem uma das dinâmicas que eu mais gosto. A Marin é linda e o Gojou bem fofo, já posso amar um casal? Além disso, o visual é realmente muito bonito, e esperamos que o estúdio consiga manter a qualidade da adaptação.
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Tokyo 24-ku [Mari]
Eu não sei exatamente o que eu estava esperando quando decidi assistir ao primeiro episódio de Tokyo 24-ku, mas devo dizer que fui surpreendida – não só pela duração da estreia, que teve o dobro de tempo de um episódio normal, mas também pela quantidade de acontecimentos e o ritmo que a coisa toda tomou. Depois de ser bombardeada com informações sobre um incêndio, a morte de uma adolescente, a síndrome de sobrevivente de outra, e a ligação simultânea feita por um fantasma que o trio de amigos formado por um artista que quer virar o sistema de cabeça pra baixo, o filho de um político que não parece confiar em ninguém, e um jovem sem rumo que não pensa duas vezes antes de sair no soco com estranhos recebeu, bem… Tokyo 24-ku tem, de fato, ideias.
Eu não sei o quão bem a equipe conseguirá executá-las ou por quanto tempo a animação irá sobreviver depois das queixas do diretor, citadas nas primeiras impressões de Akebi-chan, mas há potencial para sair algo legal daqui, assim como para se tornar um desastre de produção. Eu quero acreditar no projeto, pois as mensagens até o momento me pareceram progressistas, especialmente por meio do personagem Ran, que se mostrou favorável às minorias e contra um sistema projetado para moê-las, e que vai usar a sua arte para alcançar os seus objetivos. Resta saber como os outros dois protagonistas se encaixarão nessa história, qual vai ser o rolê da personagem morta (?), e todo aquele negócio de “escolher o futuro”. Eu senti uma forte inspiração em Psycho-Pass aqui, ainda que Tokyo 24-ku tenha começado com uma lambada na cara da obra do Gen Urobuchi (“não podemos prender pessoas antes de elas cometerem crimes”, que é o que acontece em Psycho-Pass). Aguardemos os próximos capítulos…
PS.: Tokyo 24-ku já tem a abertura da temporada. Survive Said The Prophet, entenda, você é tudo pra mim!
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Um comentário em “Primeiras impressões: temporada de inverno (2022)”