Primeiras impressões: temporada de outono (2023)

A última temporada de animes de 2023 está no ar! Ao que tudo indica, teremos várias adaptações de qualidade para acompanhar, embora não possamos ter certeza se elas seguirão da mesma forma até o final. Dito isso, nesta postagem vocês poderão ler sobre as nossas primeiras impressões de Atarashii Joushi wa Do Tennen, Hoshikuzu Telepath, Kamonohashi Ron no Kindan Suiri, Kusuriya no Hitorigoto, OVERTAKE!, Shangri-La Frontier, Sousou no Frieren, Watashi no Oshi wa Akuyaku Reijou e Yuzuki-san Chi no Yon Kyoudai.

bannerMy-New-Boss-Is-Goofy-anime-pv2-screenshot

Atarashii Joushi wa Do Tennen [Ana]

Ah, a vida adulta! Imagino que quem já teve um chefe abusivo ou más condições de trabalho deva se sentir até engatilhado, e torço para que essas pessoas tenham o um level up na vida assim como o Momose, o protagonista de Atarashii Joushi wa Do Tennen. Embora eu aprecie obras que foquem em personagens adultos e até mesmo nesse cenário de trabalho em escritório etc, eu não sabia bem o que esperar daqui e confesso que minhas expectativas foram superadas, pois eu não só me diverti bastante, mas também saí shippando o Momose com o seu novo chefe.

Momose tem 26 anos e acaba de entrar em um emprego novo, saindo de uma experiência péssima em que seu chefe era abusivo. Ele foi tão maltratado que agora qualquer detalhe que o lembre disso, como o perfume que o ex-chefe usava, lhe causa crises de ansiedade e dor de estômago. Assim, é óbvio que ele está bem nervoso para descobrir como seu novo chefe será e nisso ele é completamente surpreendido ao conhecer Shirosaki, que não é apenas muito gentil, mas um pateta (como o próprio título diz). A graça está em ele aparentemente ser bastante competente em seu trabalho, mas ainda ser uma pessoa meio desligada/atrapalhada, no geral configurando o completo oposto do ex-chefe de Momose. A interação dos dois desde o início foi bastante fofinha, e eu não sei dizer se propositalmente ou não, mas parece ter uma leve conotação romântica ali. Eles estão o tempo todo corando as bochechas, Shirosaki convida o Momose pra jantar poucos dias depois de se conhecerem… O que está acontecendo aqui? Não sei se em algum momento Momose vai chegar a falar do que aconteceu com seu antigo chefe e que é por isso que ele se sente desconfortável em certas situações, mas acredito que uma relação de proximidade vai começar a crescer entre Shirosaki e Momose.

Atarashii Joushi wa Do Tennen adapta um mangá digital, e segue a fórmula de várias pequenas situações envolvendo Momose e o novo chefe/ambiente de trabalho. É uma fórmula que acaba funcionando para comédia, já que as cenas não precisam ser totalmente conectadas umas às outras e ainda assim fica algo gostoso de se assistir. Além disso, os personagens até então apresentados são bastante agradáveis, e contam com um bom time de dubladores. Embora tenha achado o estilo de animação um tanto simples, acredito que funciona para o propósito do anime.

✮✮✮✮

bannermaxresdefault

Hoshikuzu Telepath [Lucy]

Às vezes um início mais lento pode afastar a gente de um anime. Se a “regra de três episódios” é uma máxima que muita gente adota, hoje em dia se não me pega logo no primeiro episódio, já era. E se eu tenho que insistir para terminar o episódio…

Hoshikuzu Telepath tem aquele clássico pique “açúcar puro”. Não vou mentir que achei a protagonista Umika bobinha, mas consideremos que é uma menina de 15 anos com ansiedade social e trauma. É uma personalidade estranhamente comum em animes CGDCT, dando aquela sensação de déjà-vu. Sei também que não dá pra ser muito exigente com esse tipo de história…

Por isso, eu insisti. Esperei nossa deuteragonista ser apresentada, e fui recompensada: o relacionamento entre as duas já me ganhou. Elas são totalmente “opostos complementares”, e o jeitinho que a Yuu apoia a Umika é muito fofo. Também gostei do conceito da telepatia como um atalho para facilitar a comunicação entre elas, evitando toda aquela enrolação da dificuldade em falar o que sente.

Se a história demorou a engatar para mim, pelo menos o grande destaque do episódio foi o estilo visual! Gostei bastante de algumas escolhas da direção — como a Umika sendo a única pessoa colorida e com detalhes no meio da multidão quando ela está passando por uma crise, os detalhes nos gestos das personagens, ou a mudança no traço nos momentos mais cômicos. O character design também é adorável (amei os cabelos!) e a paleta de cores é brilhante na medida certa. É bem mais do que estava esperando! Não conhecia o Studio Gokumi nem a diretora Kaori, mas fiquei impressionada com o trabalho apresentado.

Esse cuidado estético ajudou bastante a deixar o episódio mais palatável para mim, honestamente. Acredito que se o anime adotasse um estilo mais básico, teria sido um cadinho enfadonho, só mais outro anime de meninas fofas. Por mais que seja ruim julgar um livro pela capa, essas escolhas da equipe me deixaram mais aberta à obra, ajudando com a minha antipatia inicial. Valeu a pena, porque só me empolguei mesmo quando a dinâmica entre as protagonistas tomou forma. Agora estou esperando mais ainda pelo desenvolvimento dessa dupla!

✮✮✮½

bannertre-2

Kamonohashi Ron no Kindan Suiri [Mari]

A primeira coisa que eu pensei enquanto assistia ao episódio de estreia de Kamonohashi Ron no Kindan Suiri foi que as interações entre Ron e Totomaru, os protagonistas, me lembrou bastante a dinâmica que vimos com Daisuke e Haru em Fugou Keiji: Balance:Unlimited. Eles têm até as mesmas cores de cabelo! A diferença é que o Ron, apesar de ser dono de um prédio, não é milionário como o Daisuke (nem tão bonito quanto ele), e o Totomaru é aparentemente ainda mais ingênuo do que o Haru em seu início de carreira. Eu normalmente não gosto de comparar obras dessa forma, mas quando as semelhanças são tantas, fica difícil de ignorar. Aliás, o mangá de Kamonohashi Ron no Kindan Suiri começou a ser publicado seis meses depois que o anime de Fugou Keiji: Balance:Unlimited estreou…

…Não que isso necessariamente queira dizer alguma coisa, mas né? Tal qual 50 Tons de Cinza é uma fanfic de Crepúsculo, talvez Kamonohashi Ron no Kindan Suiri seja uma fanfic de Fugou Keiji: Balance:Unlimited, só que com personagens menos carismáticos e uma competência técnica que não chega nem aos pés do que o CloverWorks entregou em 2020 – mas vocês não ouviram isso de mim!

Enfim, eu confesso que esperava mais. Não é nem que Kamonohashi Ron no Kindan Suiri seja ruim – ele só me pareceu meio bobo. Eu passei o episódio inteiro me perguntando qual teria sido a motivação de Ron para se tornar um recluso e deixar de lado o seu trabalho como detetive, especialmente depois de ver os seus poderes de dedução. Eu já estava fazendo as minhas teorias quando absolutamente do nada o Ron “convence” o culpado do caso o qual eles estavam tentando solucionar a se suicidar. Bom, “convencer” talvez seja muita boa vontade da minha parte – ele simplesmente dá a ordem e o cara obedece! É genuinamente ridículo. E esse é o motivo de ele não poder ser um detetive – embora ele resolva 100% dos seus casos, 0% dos culpados vão presos… porque ele mata todos eles!

Claro, a situação muda quando Totomaru salva o cara antes que ele caísse de vez. Assim, Ron decide que basta ter Totomaru ao seu lado para que ele possa voltar a atuar como detetive… e daqui em diante devemos acompanhar as aventuras e desventuras da dupla. Sendo sincera, é cedo para dar o meu veredito, então devo ver mais alguns episódios… Mas se a coisa não ficar mais interessante até lá, dificilmente terminarei o anime.

✮✮✮

bannerportada_kusuriya-no-hitorigoto-12

Kusuriya no Hitorigoto [Mari]

O atrasadinho da temporada, Kusuriya no Hitorigoto, estreou apenas no dia 21 de outubro. No entanto, para compensar a longa espera, os estúdios OLM e TOHO animation STUDIO lançaram três episódios de uma vez. Na minha opinião, eles fizeram uma escolha acertada, pois assim tivemos tempo o suficiente para sermos apresentados aos dois personagens principais – Maomao e Jinshi – e termos uma ideia melhor do que virá daqui pra frente.

Maomao é, à primeira vista, uma garota qualquer. Ela não tem um visual chamativo nem é filha de alguém importante. Contudo, devido à sua criação, ela possui um amplo conhecimento farmacêutico, além de ser alfabetizada (algo raro entre as classes baixas da China Imperial). Num belo dia, Maomao é sequestrada e forçada a trabalhar no Palácio Imperial, onde ela conhece Jinshi, um eunuco de grande influência que reconhece as suas habilidades. Juntos, então, eles resolvem investigar os mistérios que assolam a vida das centenas de pessoas que vivem no palácio.

Kusuriya no Hitorigoto chama a atenção por vários motivos. Em termos visuais, ele é certamente um dos mais bonitos da temporada, apesar da competição ser acirrada com outras adaptações (vai ser difícil superar Sousou no Frieren, por exemplo). A narrativa te intriga desde o primeiro momento e as interações entre os personagens – sobretudo Maomao e Jinshi – são muito boas. O anime sabe quando assumir um tom mais sério e quando quebrar as nossas expectativas com pinceladas certeiras de humor. Aqui, vale destacar a atuação de Yuuki Aoi, que está fazendo um trabalho fenomenal como Maomao. Mesmo já conhecendo o enorme range que a Aoi-chan tem, é incrível como ela nunca deixa de nos surpreender.

Por fim, eu gosto que a Maomao não tenha interesse em romance – pelo menos por agora. Quase sempre quando falamos em obras que adaptam períodos históricos as mulheres não exercem muitas funções para além de escravas, servas ou interesses amorosos. Ainda que Maomao seja tecnicamente uma serva, ela existe para fora deste papel, e eu não gostaria que ela caísse na armadilha tão comum de ser reduzida a um par romântico. Isso não impede que ela desenvolva tais sentimentos no futuro, é claro, mas eu não encararei isso com um problema desde que a personagem não perca a essência de quem ela é. Estou ansiosa para descobrir quais serão as próximas encrencas nas quais Maomao e Jinshi irão se enfiar!

✮✮✮✮✮

bannerOvertake-anime-visual-1-scaled

OVERTAKE! [Lucy]

Como alguém cujo esporte favorito é Fórmula 1, esse anime foi feito pra mim. É de longe o que mais me empolgou para a estreia nos últimos tempos. Mas calma! Mesmo que você não saiba nada sobre corridas além da existência do Senna, ainda dá pra assistir tranquilamente. O episódio é bastante introdutório sobre a categoria, tem uma vibe fortíssima de vídeos tipo “F1 para leigos”. O roteiro quis ter certeza de que o espectador vai saber o suficiente para acompanhar as próximas etapas.

Sem contar que apesar de toda a minha empolgação com o cenário esportivo, aparentemente o verdadeiro foco de OVERTAKE! será o conflito interno dos personagens. Pouco foi mostrado e menos ainda foi dito, mas é evidente que o fotógrafo passou por algum evento traumático que o deixou bloqueado quanto a fotografar pessoas. Do outro lado da história, temos um piloto novato sofrendo para avançar na categoria devido à falta de recursos.

É claro que mesmo gostando de drama, espero que os próximos episódios se concentrem um pouco mais no esporte. O fotógrafo acaba se encantando durante a corrida e decide patrocinar o time do piloto novato — algo que soa muito mais fácil do que realmente é, e traz à tona uma realidade do automobilismo: quanto mais dinheiro você tem, mais você avança. Atualmente temos pilotos talentosos — inclusive o brasileiro campeão da Fórmula 2 — sem vagas fixas para correr, quase sempre devido a questões financeiras. É uma série de categorias onde muitas vezes o financiamento conta bem mais do que o talento, e é uma faceta que o anime parece estar abordando como um de seus ângulos principais.

Outra questão da vida real que gostaria de ver no anime acabou me decepcionando um pouco. Me surpreende OVERTAKE! não apresentar uma piloto mulher, visto que atualmente é comum ter pelo menos uma nas categorias de Fórmula 4 ao redor do mundo (tanto a japonesa quanto a brasileira tem duas!). Temos apenas uma menina na equipe de apoio da Belsorriso, o que é melhor do que nada — e apesar de eu não acreditar que essa tenha sido a intenção, pelo menos mostra também o trabalho feminino na parte técnica, que é bem menos destacado.

Tratando-se da parte técnica, o estúdio TROYCA não deixa nada a decepcionar. As cenas de corridas ficaram ótimas, e fiquei impressionada com a fidelidade com a qual retrataram o circuito Fuji Speedway! Tenho certeza que não tenho muito com o que me preocupar em relação a esse aspecto, ainda mais considerando o histórico do estúdio. Só o que tenho a fazer é esperar os próximos episódios para ver como o enredo vai se desenvolver. Estou ansiosa para o que está por vir!

✮✮✮✮✮

bannershangri-la-frontier-anime

Shangri-La Frontier [Ana]

Eu confesso que iniciei minha experiência com Shangri-La Frontier um tanto com o pé atrás, embora eu não devesse julgar uma obra baseada em experiências não tão boas que tive com outras envolvendo videogames de realidade virtual. Sinceramente, por esse primeiro episódio não dá pra ter muita noção para onde a história vai nos levar, mas até aqui estou achando uma experiência ok.

Rakurou é um adolescente gamer com um interesse peculiar: jogos ruins. Ele simplesmente já jogou todos os que são conhecidos como “lixo” e essa é a sua diversão. À procura de um novo jogo para se aventurar, ele se depara com Shangri-La Frontier, um MMORPG, e sem muitas expectativas coloca seus óculos de realidade virtual e inicia a sua aventura. Nisso, ele se depara com um catálogo imenso de possibilidades para construção do seu personagem, além de inúmeras classes –  montar a parte física do personagem é quase como um The Sims. No entanto, a única opção gratuita para não mostrar o rosto é uma cabeça de ave (que eu não supero até agora). Ao iniciar o jogo, Rakurou ignora o prólogo e vai direto para o que lhe interessa, mas algo que me diz que ele pode se arrepender disso. Assim, conseguimos ver seus primeiros passos no jogo, em que ele aprende alguns comandos de ação.

Estou curiosa para saber quais são os tais mistérios desse jogo e conhecer mais personagens. Até então o que mais me chamou a atenção não foi nem a história, mas sim os visuais, ao menos parece que teremos algo bem animado. Além disso, o mangá ganhou o 47º Kodansha Manga Award na categoria shounen em 2023. Com base nisso e na estreia, estou com boas expectativas. Vamos ver como o anime progredirá!

✮✮✮✮

bannero-anime-sousou-no-frieren-divulgou-um-novo-visual

Sousou no Frieren [Mari]

Sousou no Frieren é, no sentido mais verdadeiro da palavra, uma obra de arte. Não só porque estamos falando de uma das produções mais visualmente bonitas que o estúdio MADHOUSE entregou nos últimos anos, mas também porque o autor adotou uma abordagem que não é comum em histórias de ficção, especialmente em animes e mangás. Nós estamos acostumados a acompanhar narrativas onde o protagonista tem um objetivo claro em mente e todo o seu desenvolvimento é direcionado para que ele consiga atingi-lo ao final da história. Sousou no Frieren, no  entanto, não segue essa estrutura, pois o Grande Mal daquele universo já foi derrotado. Sendo assim, o interesse do autor está em mostrar o que acontece depois que a aventura termina.

Nesses primeiros quatro episódios (sim, eles estrearam todos de uma vez), nós fomos introduzidos ao grupo de personagens responsável por matar o Rei Demônio, que consistia em: uma elfa, um anão e dois humanos. Juntos por dez anos, eles desenvolveram um laço especial entre si, embora tenham personalidades completamente distintas e visões que contrariem umas as outras. A mais importante, talvez, seja a perspectiva em relação ao tempo: para uma elfa, uma década não é praticamente nada, enquanto para um humano, é uma parte considerável de sua vida. Saber que ela vai viver muito mais do que os seus companheiros é um dos problemas pelo qual Frieren tem de passar. Sem um destino em mente e sem a companhia daqueles que haviam se tornado seus amigos, Frieren precisa se redescobrir.

No caso de Sousou no Frieren, a jornada é definitivamente mais importante do que o destino, e eu estou muito ansiosa para ver de que forma (e se) a Frieren irá mudar, quais amizades ela fará em suas viagens, e como o autor lidará com o tema da morte de pessoas queridas.

✮✮✮✮✮

bannerWataoshi-anime

Watashi no Oshi wa Akuyaku Reijou [Lucy]

Finalmente, uma adaptação de um dos atuais queridinhos do fandom yuri! Eu já li o primeiro volume da novel, e posso garantir que o anime está bem dentro do que esperava em termos de fidelidade… pro bem ou pro mal.

Talvez seja injustiça eu comentar o anime com esse conhecimento prévio, mas é fato que para mim o primeiro volume de Me Apaixonei pela Vilã!, como a obra é conhecida por aqui, foi uma leitura um pouco arrastada. A dinâmica inicial entre o nosso futuro casal não ajuda — não dá pra negar que é engraçado ver a Rae tão aberta quanto ao próprio masoquismo, mas o maior problema da obra para mim é que ela chega perto demais do estereótipo de “lésbica predatória” para eu conseguir achar esse romance mais ou menos fofo.

O lado bom é que essa postura é abordada pela mesma mais tarde no livro — só não sei se vão adaptar esse monólogo interno, mas ter isso em mente já ajuda a digerir um pouco melhor as cenas. Não suaviza completamente, até porque depois de certa altura fica um pouco cansativo. Tem gente que vê um charme especial nesse vai-e-vem de cutucar a onça e depois tentar acalmá-la, e é de fato bonitinho em alguns momentos, mas perde a graça depois de ser repetido tantas vezes. Espero que o ritmo da adaptação seja o suficiente para mostrar a dinâmica progredindo para além disso.

Tratando do mundo que cerca as meninas, a construção do universo tem elementos interessantes. Alguns aspectos dele são tão cativantes quanto o romance: a dualidade plebeu-nobreza, o poder mágico como possibilidade de elevação social, e o que isso tudo pode causar na nova vida da nossa protagonista. O episódio em si avança num ritmo consideravelmente bom, e acho que pode ser uma primeira impressão melhor do que os livros, se você está interessado na franquia como um todo!

Só ressalvo que o orçamento claramente não é lá aquelas coisas, então não estou com grandes expectativas além de esperar que o anime não derreta completamente até o final. Visto que a produção parece estar avançada o suficiente para as dublagens internacionais serem lançadas no mesmo dia que a original, acho que isso não será um perigo! Inclusive, decidi assistir o episódio na nossa língua, e gostei do resultado. A tradução e atuação ficaram agradáveis, e planejo assistir o resto da série em português mesmo.

Novamente, essas primeiras impressões são um pouco mais parciais do que o normal porque eu já tinha um conhecimento prévio; entretanto, eu só li um volume de cinco. Acho que o anime deve adaptar pelo menos mais um ou dois nos quais eu não sei o que vai acontecer, então quero logo chegar nesses episódios futuros! Espero que eu não quebre muito a cara, porque ao contrário da Rae, eu não sou muito fã disso não…

✮✮✮

bannerYuzuki-san-Chi-no-Yon-Kyodai_-Teaser-video-revealed-what-is-it-about_-1

Yuzuki-san Chi no Yon Kyoudai. [Ana]

Preciso dizer que essa era uma das estreias que eu mais aguardava, não só por ter visto que o mangá ganhou o 66º Shogakukan Manga Award na categoria shoujo em 2021, mas também por já imaginar que teria uma atmosfera que une um humor não exagerado com algo reconfortante. Já antecipo que fiquei bastante satisfeita com esse primeiro episódio, e tenho certeza que esse será um daqueles animes que nos proporcionará o famigerado quentinho no coração.

Temos ao logo dos anos uma série de obras que abordam relacionamentos familiares nas mais diferentes configurações, então esse aspecto não chega a ser bem uma novidade, mas em Yuzuki-san Chi no Yon Kyoudai. temos uma família que após a morte repentina dos pais, os quatro irmãos passam a viver sozinhos e a se apoiar em tudo que podem. É bem óbvio e compreensivo que a maior parte das responsabilidades acabem ficando para o irmão mais velho, Hayato, que trabalha como professor, mas que tem apenas 23 anos. Entre ele e os outros irmãos existe uma diferença bem grande de idade, já que Mikoto, Minato e Gakuto tem 13, 12 e 6 anos, respectivamente. Assim, imagino como deve ser difícil para ele ter que agir quase que como um pai dos outros três irmãos.

Nesse primeiro episódio nos foi apresentado um pouco de cada um deles, mas com um foco maior no Minato. Enquanto Mikoto, que é apenas um ano mais velho, é visto como responsável e maduro, sabendo lidar com algumas tarefas de casa e sendo um grande suporte para o Hayato, Minato age mais como alguém que tem 12 anos agiria. Apesar de ter muita vontade de ajudar e receber tanta confiança do irmão mais velho quanto Mikoto recebe, ele acaba ainda sendo meio desleixado. O seu desejo de mudar essa visão o leva a tomar a decisão de ir sozinho com o irmão mais novo para um festival com o objetivo de ver os fogos de artifício, já que na última vez que Gakuto havia visto um show de fogos ele ainda era um bebê, e por isso não tem essa memória. Sabendo que Hayato é bastante ocupado com o trabalho e querendo mostrar que ele também pode ser responsável, ele planeja tudo, tira dinheiro do cofrinho, pega o trem e chega até o festival com o irmão, se diverte, até que em um piscar de olhos se perde do irmão mais novo. Um momento de leve pânico atinge não só ele, mas o irmão mais velho que chega em casa à noite e não os encontra, mas por sorte Mikoto havia ouvido algumas conversas do irmão planejando ir ao festival e assim os dois mais velhos decidem ir atrás dos mais novos e acabam todos se encontrando. No fim, eles veem os fogos de artifício juntos.

Senti que foi um primeiro episódio bem fechadinho, os eventos do início e do fim se conectavam. Além disso, já amo todo mundo e quero vê-los felizes. Ainda não senti uma conexão muito grande com o Mikoto, mas acho que foi apenas por não ter tido tempo suficiente. Fico no aguardo para conhecer mais da família e ver mais das interações de todos eles. Por fim, visto que a maioria do elenco de dubladores não tem tanta experiência, não senti que isso interferiu na qualidade da entrega e também acredito que estúdio fez um bom trabalho até aqui. Desta forma, estou bastante animada para os próximos episódios.

✮✮✮✮✮

Deixe um comentário