Estamos saindo de uma temporada fortíssima para outra que traz algumas promessas. Será que a spring season desse ano conseguirá ser tão boa quanto a sua predecessora?
Nesta postagem vocês encontrarão nossas primeiras impressões de AOASHI, BIRDIE WING -Golf Girls’ Story-, Dance Dance Danseur, Gunjou no Fanfare, Kawaii dake ja Nai Shikimori-san, Love All Play, Paripi Koumei, SPY x FAMILY e Summertime Render.
AOASHI [Mari]
Em 2020, o mangá de AOASHI, uma parceria entre Kobayashi Yuugo e Ueno Naohiko, foi vencedor da categoria geral do 65º Shougakukan Manga Awards ao lado de Kaguya-sama wa Kokurasetai: Tensai-tachi no Renai Zunousen. Considerando o sucesso de animes de esporte, especialmente em anos recentes, e as credenciais de AOASHI, me parecia apenas uma questão de tempo até que uma adaptação fosse anunciada. E felizmente, ao que tudo indica, esta adaptação não irá nos decepcionar.
AOASHI está nas mãos do Production I.G, que foi responsável pelas adaptações de Haikyuu!!, Kuroko no Basket e Kaze ga Tsuyoku Fuiteiru. Mesmo com a mudança de pessoal que ocorre de tempos em tempos, acredito que um padrão mínimo de qualidade será mantido em termos de animação. Isso me deixa um tanto aliviada, pois estou cansada de ver animes com boas histórias sofrendo com adaptações terríveis (vide o recente Sayonara Watashi no Cramer).
Aliás, falando em história, é aqui que começa o diferencial de AOASHI. Embora esse negócio de “prodígio do interior recebe uma proposta de algum técnico aleatório para tentar a vida numa cidade grande” não seja exatamente novo, dessa vez não estamos tratando de um time de ensino médio (ainda que esta seja a faixa etária dos jovens do time que Ashito irá jogar). A proposta aqui não é se tornar o campeão nacional do torneio de escolas (aspiração comum de personagens em animes de esporte); é jogar (e ganhar) a liga juvenil formada pelos times que já fazem parte da Liga Japonesa, e eventualmente chegar ao palco internacional.
Outra coisa que me chamou a atenção na estreia de AOASHI foi o núcleo familiar do protagonista, que é composto apenas por ele, seu irmão mais velho e sua mãe. A situação financeira deles é terrível, mesmo com a mãe tendo dois empregos e o irmão dele trabalhando em meio período. Isso pode ser explicado pelo problema seríssimo de disparidade de gênero que há no Japão (mas não só lá, obviamente): dados apontam que a maior parte das mães solo japonesas vivem abaixo da linha da pobreza. Ainda que não seja o foco do mangá, a crítica a permanece válida.
Neste momento, Aoi Ashita é o tipo de jogador de futebol que eu não gosto: um fominha que só consegue se sair bem se o time inteiro girar em torno dele. Não importa o quão bom você seja individualmente, você sozinho não será capaz de conquistar títulos. Se futebol fosse tão simples assim, Portugal de Cristiano Ronaldo ou Polônia de Lewandowski já seriam campeãs do mundo. O estilo fominha pode até funcionar contra equipes fracas, mas será anulado em disputas com times qualificados. Acredito que Ashita receberá esse “reality check” quando for para Tóquio, e estou ansiosa para ver como ele irá se desenvolver como jogador.
Fukuda Tatsuya, você me prometeu uma jornada de muitas emoções! Por favor, não me decepcione.
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BIRDIE WING -Golf Girls’ Story- [Lucy]
A única coisa que poderia ter me preparado para esse episódio seria ter lido um resumo antes. Admito que fui assistir BIRDIE WING às cegas, sem muita informação além do pôster e da premissa de “meninas jogando golfe”. Em cinco minutos de episódio, fui apresentada a uma protagonista que dá golpes jogando golfe, a fim de ajudar sua pobre família a sobreviver num canto marginalizado da cidade. Não importa quando ou onde, mesmo que seja no meio da noite, no meio dos trilhos de uma ferrovia, com um velho questionável e uma menina de máscara de pierrô — desde que haja dinheiro envolvido, Eve está disposta a jogar o quanto for preciso com seus três tacos.
…Certamente, tem uma menina jogando golfe, então pelo menos tem algo que eu estava esperando!
Falando sério, eu normalmente assisto o episódio e depois escrevo as impressões, pensando no que vi como um todo. Dessa vez, não deu. Toda hora eu pauso e escrevo algo, tal como agora, aos oito minutos e meio de episódio, concluo — esse anime é ridículo, do melhor jeito possível. As jogadas impossíveis. O melodrama. A insert song em inglês alternando a Eve treinando com flashes em preto e branco dela em pontos diferentes da cidade, adicionando NADA ao roteiro porém muito ao estilo. Tem até uma propaganda de modelo de Gundam aleatória, jogada no meio do episódio praticamente sem contexto. E por fim, a rival é uma menina que joga com um taco com mais da metade do tamanho dela, usando uma bolinha de golfe do Pac-Man. Realmente, um anime que atende a todos os públicos.
Se esse tipo de doideira parece ser tão do seu agrado quanto é do meu, recomendo que assista o episódio assim que terminar de ler esse post. Não garanto que será um dos melhores animes da temporada, mas com certeza será um dos mais divertidos!
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Dance Dance Danseur [Lucy]
É isto que a masculinidade tóxica faz com um desgraçado, amigos.
Apesar de ter se apaixonado por balé quando ainda bem pequeno, nosso protagonista Junpei cresceu internalizando uma dose considerável de noções machistas. Nas próprias palavras do menino, “não ser viril não é legal, e eu não posso ser assim”; ou seja, tudo o que não é visto como tipicamente “másculo” não é uma possibilidade para a vida dele.
Isso parte de uma série de acontecimentos narrados ao longo do episódio: a reação de pessoas próximas ao saber do desejo de aprender balé, os comentários do pai sobre a aparência e os interesses do menino, e a cereja do bolo que é a clássica frase “você agora é o homem da casa” após o falecimento do patriarca. A essa altura, o moleque perde tudo e decide “virar homem”, atitude que inclui largar o balé em prol de atividades mais “apropriadas”, como futebol e jeet kune do, a luta que seu pai praticava. É afundado nessa mentalidade que ele chega à adolescência e conhece sua colega de turma (e crush) Miyako, que logo repara na afinidade que ele tem com o balé. A princípio ela interpreta isso como “talento inato”, e preciso comentar que a maneira que ele ainda consegue fazer vários passos após anos sem treinar parece até bem plausível, considerando seu envolvimento com artes marciais e o fato de ele ter se mantido em forma esse tempo todo.
Apesar de tudo o que tentou seguir ao longo da vida, em menos de dois minutos fica óbvio para Junpei que o que ele realmente ama fazer é aquilo que rejeitou o tempo todo. Acredito que os conflitos principais da série serão, nessa ordem, Junpei: 1) tentando desfazer as noções que sustentou a vida toda, além de ter que lidar com as reações alheias; 2) precisando recuperar o tempo perdido sem dançar, ainda mais quando comparado ao aparente prodígio que aparece no final do episódio. Pelo menos, esses palpites são o que eu gostaria de ver no anime. E é claro, quero ver mais das outras personagens, especialmente a Miyako! Gostei dela mesmo fora do papel de interesse romântico, e visto que ela escolheu Junpei como parceiro, espero que ela não seja colocada de lado depois que estabelecerem a tal rivalidade sugerida até aqui.
Como não posso deixar de falar do visual, comento que o traço da adaptação está muito fiel — inclusive a “faixinha” nos olhos, que eu interpretei como lágrimas na primeira cena. É a única coisa que realmente me incomoda no anime, mas é pedantismo total. Destaco também a abertura, cuja direção me fascinou. O mais importante, no entanto, é que as cenas de dança estão bem feitas. Claro, há uso de computação gráfica, mas não é aquele CG que chega a ser perturbador, então considero isso uma vitória. E visto que é uma obra do estúdio MAPPA, a gente nunca sabe quando vai tudo vir abaixo (seja a produção ou os próprios animadores), mas o jeito é torcer para que dê certo! Até o momento, estou cativada pela ambientação e quero ver os próximos acontecimentos. Não acredito que será um anime de grande sucesso, nem que será mega revolucionário, mas me parece interessante o suficiente para se destacar na temporada.
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Gunjou no Fanfare [Lucy]
Você sabe que o negócio é bom quando minhas perguntas principais sobre o anime não são sobre o enredo em si, mas sobre como chegamos no início dele. Como que esse menino sem experiência alguma em hipismo (pelo menos não mencionaram nenhuma) conseguiu entrar numa escola tão prestigiosa? Isso sem contar a origem misteriosa do talentoso jóquei que parece que veio do fim do mundo ou os fantasmas de cavalos que rondam o perímetro do campus. Pelo menos acho que já é garantido que respondam porque nosso protagonista largou tudo para virar esportista, e aposto que a resposta será o mais clichê possível. Não estou reclamando.
Gunjou no Fanfare já tem a vantagem de explorar um esporte pouco abordado na mídia (especialmente se você não contar Uma Musume como hipismo e sim como atletismo), mas também soma à proposta conspirações da indústria do entretenimento, além de possíveis acontecimentos sobrenaturais. Parece bastante para uma única obra, e eu concordo que é, mas estou estranhamente otimista. Esses elementos tão distintos foram bem apresentados no primeiro episódio, conseguindo apresentar uma coerência passável. Se seguirem nesse passo, não deve dar errado.
Se for para escolher uma coisa que eu espero do anime, é que vá mais a fundo na história da única menina da turma, que expressa descontentamento pelo protagonista ter roubado o holofote dela como primeira jóquei mulher a entrar na escola em anos. Não seja covarde, roteirista! Por favor, jogue nela a luz que ela merece. Não só nela, mas seria bom ver os colegas dos protagonistas terem pelo menos algum nível de personalidade em vez de serem apenas tropes ambulantes. Tenho sentido falta disso em animes de esporte recentemente (se bem que pode ser apenas meu dedo ficando podre na hora de escolher o que vou assistir).
Acho que ficou evidente que não estou com grandes expectativas para Gunjou no Fanfare. O primeiro episódio já levantou questões o suficiente para serem abordadas nos próximos doze. O mínimo necessário é que eles respondam essas perguntas, então de resto não vejo muito mais acontecendo. Mas sinceramente, se rolar isso, tá bom já, sabe? Vai lá, protagonista, que bom que você tá fazendo o que gosta. Siga os seus sonhos, não seja um boneco da indústria. Monte os cavalos que você conseguir, corra o quanto eles aguentarem. Arranje um namorado no processo, quem sabe? Meus parâmetros para anime de esporte são bem mais baixos, então desde que eu me divirta, tá valendo.
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Kawaii dake ja Nai Shikimori-san [Ana]
Sem querer levantar muitas expectativas logo no início, devo dizer que eu adorei a dinâmica dos personagens em Kawaii dake ja Nai Shikimori-san, ou ao menos a dos protagonistas. Embora haja romcoms aos montes por aí, acredito que a obra inova em alguns aspectos, primeiro que os protagonistas aqui já são namorados, então já partimos de uma etapa posterior a de diversas histórias. Segundo que temos uma dinâmica um tanto invertida em relação aos estereótipos que vemos por aí, o garoto, Izumi é quem é extremamente azarado e o simples pisar para fora de casa pode ser de extremo perigo, enquanto a garota, Shikimori, é basicamente a “garota perfeita”, bonita, incrível em vários aspectos, que salva o Izumi das situações perigosas, mas que não é fofa. Ao menos é isso que o anime quer tentar nos convencer.
Além do casal de protagonistas, também conhecemos seus amigos um tanto peculiares, começando que temos uma Neko e um Inu no grupo (gato e cachorro, não é à toa que se desentendem). Aparentemente, acompanharemos o casal e seus amigos em diversas situações, como nesse primeiro episódio em que foram ao boliche – enquanto Izumi é tão ruim ao ponto das bolas se curvarem próximas aos pinos e ele quase não pontuar nada, Shikimori despretensiosamente faz a pontuação máxima.
A animação é ok e o visual é até que bonito, embora os protagonistas (e em parte seus amigos) pareçam destoar um pouco do restante. Shikimori me lembra aquela imagem do “encontre a protagonista” quando tem apenas uma menina com cabelo rosa e o restante dos personagens sendo mais padrão, mas no todo isso não chega a ser exatamente um problema. Acredito que Kawaii dake ja Nai Shikimori-san apesar de não ter uma história profunda (e nem precisar disso) será bastante divertido de acompanhar.
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Love All Play [Ana]
Curiosamente, mais um anime sobre badminton em duas temporadas seguidas, porém, em meio a tantos títulos de esporte nesta atual temporada, Love All Play acaba ficando um pouco ofuscado. Como dois episódios já foram ao ar no momento desta postagem, posso dizer que me simpatizei um pouco mais com a adaptação no segundo episódio, mas ainda assim sem me despertar grande brilho nos olhos.
A obra tem Ryou Mizushima como protagonista, um garoto que durante o ensino fundamental se destaca no badminton dentre os seus colegas, mesmo que sua escola não lhe ofereça um treinador adequado. Esse destaque fez que com que o treinador de uma escola que tem um clube de badminton de prestígio, o Colégio Yokohama Minato, o convidasse para ir à escola com uma bolsa esportiva. Mesmo com o apoio da sua irmã mais velha, o pai fica um tanto inseguro em relação ao garoto aceitar a bolsa esportiva, e por fim ele decide que quer ingressar na escola mesmo que seja de forma convencional. Na nova escola Mizushima tem contato com um bom treinador e seus novos colegas, que são até que carismáticos e juntos formam uma equipe interessante, embora ainda precisem melhorar bastante em habilidade para se equiparar com os alunos mais experientes. Assim, tudo indica que agora juntos, os garotos vão se esforçar para serem jogadores melhores.
No fim das contas acho que Love All Play não irá muito além de algo genérico, tanto no roteiro, quanto nos outros aspectos, já que a parte técnica (animação, character design) também não é lá aquelas coisas. Por exemplo, os dois colegas da antiga escola tem tanta personalidade que são referidos como “amigo do Ryou” e de aparência, de fato, são quase a mesma pessoa. No colégio novo também tem o clichê dos gêmeos meio engraçados no time, mas não tem nem uma cor de roupa ou corte de cabelo diferente pra conseguir diferenciar um do outro. De qualquer forma, ser genérico não significa ser ruim, só esperamos que as coisas não acabem por ir de ladeira abaixo no decorrer dos próximos episódios.
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Paripi Koumei [Mari]
Que eu tenho um certo preconceito com isekai não é novidade pra ninguém, mas como alguém que se formou em Relações Internacionais e é apaixonada por música, eu fui incapaz de resistir a um anime sobre um gênio estrategista militar da China Antiga que é transportado após a sua morte para o mundo atual onde ele utilizará seus intelecto ímpar e seus conhecimentos de guerra para levar uma cantora ao topo da indústria da música. Well played, Paripi Koumei!
Se a proposta parece hilária para você, bem, saiba que o anime é tão bom quanto. Embora eu não tenha a menor ideia do rumo que Paripi Koumei irá tomar, eu estou ansiosa para ver o que Eiko e Kongming irão aprontar juntos nessa busca pelo estrelato. A paixão dos dois pela música é real, e tudo na adaptação é muito bonito, como já era de se esperar de um anime do P.A. Works.
(Aliás, terei que agradecer todos os dias pela escolha da 96Neko como singing voice da Eiko, pois ela é uma das minhas utaites favoritas. Talvez vocês a conheçam pelas aberturas de Kuzu no Honkai ou Tenchi Souzou Design-bu).
Se um dia eu falei mal de isekai foi porque eu tava doida!
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SPY x FAMILY [Ana]
Acredito que tirando continuações, temos aqui um dos animes mais aguardados da temporada. Com seu mangá publicado na Jump e cercado de comentários positivos, não é à toa, e eu mesma que mal fazia ideia do que se tratava, só no primeiro episódio já fui contaminada pelo hype.
Logo de cara conhecemos o espião Loid Forger, ou “Twilight”, como é conhecido, um homem que trabalha sem medir esforços para que extremistas não iniciem uma guerra com o país vizinho. Assim, para investigar um político desse país e se infiltrar na Eden Academy, escola em que o filho do político estuda, o agente sem pensar duas vezes adota Anya, uma garotinha órfã, para se passar por sua filha nessa missão. O que ele não sabe é que Anya é uma espécie de telepata que consegue ler os pensamentos dos outros. Até então não conhecemos a mãe da família, mas sabemos que será necessário encontrar uma o quanto antes para que Anya possa ser matriculada na Eden Academy.
Acredito que Spy x Family consegue mesclar bem a ação e a comédia, além de despertar outros sentimentos. Não tem como não sentir um quentinho no coração quando Loid e Anya deitam abraçadinhos, sabendo que Anya já foi adotada e devolvida diversas vezes. Além disso, também não tem como não rir com Anya pensando “papai é um mentiroso”, pois ela consegue ler seus pensamentos totalmente contraditórios às suas palavras. Estou bastante animada para as cenas de como encontrarão uma mãe para a Anya e como toda essa dinâmica será no decorrer da história. A animação é uma colaboração entre Wit Studio e CloverWorks, então esperamos que a qualidade seja mantida nos próximos episódios.
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Summertime Render [Mari]
Então… Summertime Render, né? Se eu tivesse que resumir este episódio de estreia com um GIF, eu certamente escolheria o meme da Nazaré. Não posso dizer que adentrei a franquia totalmente desavisada, pois os trailers já davam indícios do que viria por aí: um mistério envolvendo a morte de uma adolescente que, em um primeiro momento, é encarada como um acidente, mas logo em seguida desenvolve-se a possibilidade de ter sido um assassinato – tudo isso com pitadas de gore e viagem no tempo. Seria Summertime Render o primo mais bonito de Higurashi no Naku Koro ni? Somente o tempo dirá.
O fato é que nesta introdução à série somos apresentados ao protagonista Shinpei, um menino órfão que fora adotado pela família Kofune dez anos atrás, e que cresceu ao lado de suas irmãs adotivas Ushio e Mio até decidir buscar sua independência e se mudar para Tóquio. No período em que Shinpei se afastou da pequena ilha em que morava, coisas estranhas começaram a acontecer, eventualmente culminando na morte de Ushio. Shinpei, então, retorna à sua cidade natal para o funeral de Ushio, onde reencontra Sou, um de seus amigos de infância, e descobre que a morte acidental de sua ente querida talvez tenha sido fruto de uma ação deliberada, um assassinato. Assim, junto de Mio, Shinpei resolve investigar o caso em busca de respostas. Dali em diante há uma série de acontecimentos que vão desde a revelação de uma lenda que remete aos tempos de guerra sobre uma doença misteriosa que afeta pessoas da ilha até um novo assassinato e o retorno ao ponto inicial do episódio.
Experiências anteriores me ensinaram que obras envolvendo viagem do tempo podem ser muito boas ou muito ruins. Eu torço para que Summertime Render inclua-se no primeiro grupo, especialmente porque a adaptação está incrível. Para além dos visuais impecáveis, eu sou fã do diretor Watanabe Ayumu (Koi wa Ameagari no You ni, Major 2nd), assim como do roteirista Seko Hiroshi (Jujutsu Kaisen, Mob Psycho 100) e da character designer Matsumoto Miki (Satsuriku no Tenshi, Major 2nd 2nd Season). Eu realmente não tenho do que reclamar desta estreia, com exceção de duas cenas completamente desnecessárias de fanservice que quebraram o clima de tensão que o episódio vinha construindo até ali. Summertime Render não precisa de fanservice para capturar a atenção dos espectadores e espero que os envolvidos na adaptação se deem conta disso.
Visto que Summertime Render está confirmado com 25 episódios, me parece certo que esta será uma aventura longa e insana com potencial de se destacar entre as séries de 2022 ou de se perder no meio do caminho e dar tudo errado. Por enquanto eu vou acreditar na primeira possibilidade! Que venham os próximos episódios.
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