A melhor temporada do ano finalmente começou e devo dizer que ela já veio metendo os dois pés na porta! Entre continuações muito aguardadas, remakes de franquias já consolidadas e estreias que prometem sacudir o fandom, não teremos tempo nem de respirar!
Nesta postagem vocês encontrarão as nossas primeiras impressões de Blue Lock, Bocchi the Rock!, Chainsaw Man, Do It Yourself!!, Koukyuu no Karasu, Mobile Suit Gundam: The Witch from Mercury, Mushikaburi-hime, Shinobi no Ittoki e Urusei Yatsura (2022).
Blue Lock [Mari]
Vencedor do 45º Kodansha Manga Award na categoria shounen em 2021, Blue Lock é um nome bastante conhecido daqueles que acompanham mangás de esporte e sua adaptação para anime era uma das mais esperadas desta temporada de outono. Apesar de ter ouvido falar, eu não conheço o material de origem, então minhas primeiras impressões serão baseadas puramente no que nos foi apresentado no episódio de estreia.
Blue Lock inicia sua história cobrindo uma partida decisiva do protagonista Isagi, um garoto perdidamente apaixonado por futebol desde pequeno. O placar mostrava 1-0 para a equipe adversária e Isagi e seus colegas de time precisavam de uma vitória para obter o direito de disputar o torneio nacional. Ao receber um bom passe, Isagi fica cara a cara com o goleiro rival, e vê que outro jogador de seu time está em uma posição ainda melhor que a sua para marcar. Isagi pondera rapidamente se deve ele mesmo chutar ou passar para o seu colega e conclui que é melhor trocar a glória pelo gol certo, então ele passa. Isagi já estava pronto para comemorar quando a finalização de seu colega atinge a trave e gera um contra-ataque para o time adversário, que então amplia a vantagem para 2-0, eliminando sua equipe. A partir daquele momento Isagi passa a questionar suas decisões, a forma com que ele entende o futebol, e é convidado, ao lado de outros 299 jogadores, para participar de um projeto completamente insano, financiado pela Associação Japonesa de Futebol, que tem como objetivo criar o atacante perfeito.
Apesar de toda a loucura envolvendo o projeto Blue Lock, há uma discussão séria sendo feita pelo autor. O Japão é um país conhecido pelo seu coletivismo, que é algo fundamental não só em esportes praticados em equipe, como também na sociedade de uma forma geral. É verdade que ninguém joga futebol sozinho e é necessário ter 11 jogadores para competir. No entanto, para muita gente, competir não basta: é preciso ganhar. Um time bem encaixado pode ir longe, mas dificilmente ganhará uma Copa do Mundo sem ter alguma(s) estrela(s). O Brasil de 2002, por exemplo, tinha Rivaldo, R10 e Ronaldo; a Itália de 2006 tinha Pirlo, Totti e Del Piero; a Espanha de 2010 tinha Xavi, Iniesta e Villa; a Alemanha de 2014 tinha Kroos, Özil e Müller; a França de 2018 tinha Griezmann, Pogba e Mbappé. Esses são apenas alguns dos nomes que se destacaram no decorrer das disputas, mas havia muito mais – cada equipe campeã do mundo era, de fato, um timaço. Embora tenha formado alguns bons jogadores, como Honda Keisuke e Kagawa Shinji, o Japão ainda carece de uma estrela, como o fenômeno que Ohtani Shohei é no beisebol, e é isso que Blue Lock quer criar.
Eu ainda não sei bem o que esperar dos próximos episódios, mas aprecio a tentativa de tentar escrever uma história pouco convencional, que subverte as tropes dos animes de esporte, como o discurso do “o importante é competir”, “nakama power” e afins. Tecnicamente Blue Lock não me parece nada de excepcional, mas se o estúdio 8bit for capaz de manter uma certa consistência e animar as partidas de uma forma dinâmica, não terei muito do que reclamar. Eu reconheço a dificuldade de animar uma partida de futebol e não espero que seja perfeito – só não quero que vire um DAYS ou um Sayonara Watashi no Cramer da vida.
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Bocchi the Rock! [Mari]
Gotou Hitori é uma garota extremamente introvertida que sofre com ansiedade em ambientes sociais. Por mais que ela queira fazer amigos, ela sempre perde o timing para participar de conversas e brincadeiras com seus colegas de escola e acaba se isolando de todos os grupos que lá se formam. Ela não está feliz assim e quer mudar a si mesma. Hitori, então, após assistir a uma entrevista de um músico que contava como ele também era introvertido e solitário em seu tempo de escola e como tudo isso mudou depois que ele entrou para uma banda, decide aprender a tocar guitarra. Hitori acredita que quando for boa o suficiente com o instrumento ela será capaz de conquistar amizades e ter a sua própria banda, com a qual ela tocará nos maiores palcos do país.
Três anos se passam. Hitori é agora uma excelente guitarrista com milhares de seguidores no YouTube. Mas… ela continua sem ter um único amigo. Hitori está prestes a desistir de seu sonho quando o acaso a leva ao encontro de Ijichi Nijika, uma baterista que precisava urgentemente de uma guitarrista substituta para sua banda que estava para se apresentar em um clube dali algumas horas. É claro que Hitori não deixaria essa oportunidade passar, mas também é óbvio que nada sairia do jeito que ela planejava. Ainda assim, há futuro para a nossa protagonista, e parece que ela finalmente deu o primeiro passo em busca de tornar seus sonhos uma realidade.
Eu gostaria de dizer que Bocchi the Rock! é bem realista na sua representação de como é viver com ansiedade social. O humor autodepreciativo da Hitori, aliás, só tem graça para quem se identifica com ela de alguma maneira, pois aos outros a reação é de preocupação (como deveria ser). Eu torço para que ao lado de suas (futuras?) colegas de banda Hitori consiga superar as suas dificuldades. Mal posso esperar para vê-las brilhar no palco do Budokan!
Em termos técnicos, Bocchi the Rock! apresenta a qualidade que você esperaria de um anime do CloverWorks, que recentemente tem entregado belíssimas adaptações. A questão é: será que essa qualidade será mantida até o final? E se sim, a que custo? Vale lembrar que o CloverWorks não oferece exatamente as melhores condições de trabalho da indústria para seus animadores, mas espero que eles tenham aprendido a sua lição depois do desastre que foi Wonder Egg Priority nesse sentido.
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Chainsaw Man [Ana]
Queria ser imparcial aqui, apesar de estar consumida parcialmente pelo hype, até porque eu li apenas cerca de ⅓ do mangá, e com o anúncio do anime eu preferi esperar a adaptação. Com ou sem hype, no entanto, acho que posso dizer que essa foi uma das melhores estreias da temporada.
Basicamente, nesse primeiro episódio conhecemos Denji, que é um desgraçado na vida, mal tem dinheiro para comer e é todo endividado. O rapaz tenta conseguir algum dinheiro mesmo se sujeitando a situações desumanas e principalmente como matador de demônios, junto com seu cão-demônio Pochita, que tem os poderes de uma motosserra. No entanto, após uma experiência de quase morte, Pochita transfere seus poderes para Denji e assim ele se torna o Chainsaw Man. Agora extremamente poderoso, ele é capaz de derrotar uma quantidade gigantesca de demônios, no entanto, ele próprio se tornou algo que seria um meio-humano, meio-demônio. Isso é contestado quando Makima chega ao local e propõe que ele escolha entre a morte ou trabalhar para ela em troca de comida. Já sabemos o que ele escolheu, né?
Até então pra mim o MAPPA está de parabéns, a animação está ótima e pelo que eu me lembre a adaptação está bastante fiel ao mangá. Gostei muito do recurso utilizado para mostrar as cenas como se estivéssemos vendo pelos olhos do protagonista em alguns momentos. Além disso, até a abertura já apresenta a vibe caótica do anime, sendo também bastante divertida. Vale uma ressalva aqui também para o dublador do Denji, que realmente ficou ótimo. Em contraste, acho estranho terem escolhido alguém com uma voz doce para ser a Makima, embora entenda a intenção de querer passar uma certa inocência inicial, ainda assim não acho que combina muito, mas espero me acostumar. No geral, estou bastante feliz com a estreia e animada para os próximos episódios e pelo que há por vir.
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Do It Yourself!! [Lucy]
A natureza de Do It Yourself!! é inegável — o visual grita “relaxante”, e a protagonista encarna isso perfeitamente em sua tranquilidade quase estúpida porém charmosa. Na verdade, “charme” é outra coisa da qual o anime está cheio. Entre colegiais mecânicas que andam de patins estilo hoverboard, porquinhos com medo de serem cozinhados, e muitos machucados e visitas à enfermaria no meio do caminho, me encontrei encantada pelo clima do episódio.
O ponto central do anime — além de carpintaria e meninas fofas, é claro — parece ser o tão famoso balanço entre “tradição e modernidade”, “tecnologia versus ferramentas analógicas”. Acho que uma imagem perfeita para resumir esse aspecto são os drones renderizados em computação gráfica que voam acima de casas que parecem pintadas em aquarela ao longo do episódio. A ambientação é um pouco escancarada demais ao demonstrar isso no contraste entre a protagonista Serufu (casa com portão de madeira, anda de bicicleta, cercada de animais) com sua amiga de infância Purin (casa com biometria na entrada, anda de bonde elétrico, vive com um robô assistente), sem deixar muito espaço para interpretação. Imagino que isso continuará sendo tratado com esse mesmo nível inexistente de sutileza, mas sigo curiosa com a mensagem que querem transmitir, com onde as outras personagens se encaixam nessa dinâmica.
Não que eu ache que vá transmitir algo bastante profundo; afinal, não foi apresentado muito enredo além de “precisamos salvar o clube de carpintaria” e “a protagonista encontrou uma chance de desenvolver autonomia”. É um típico slice of life de garotas experimentando novos hobbies, e acredito que quem tem afinidade com esse gênero vai encontrar muito o que aproveitar em Do It Yourself!!: o character design é cheio de personalidade, permitindo que as personagens se expressem e interajam de maneira criativa. A paleta de cores é incrível, os cenários são muito belos, e o anime tem o potencial de ser um dos melhores trabalhos do estúdio Pine Jam se a qualidade ficar estável. A meu ver, vale a pena conferir o primeiro episódio, mesmo que só pelo visual. Parece perfeito para descansar a mente.
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Koukyuu no Karasu [Mari]
Koukyuu no Karasu segue a história de Ryuu Jusetsu, uma consorte especial que não serve ao imperador, apesar de sua posição, conhecida como Raven Consort. Pouco se sabe sobre a sua verdadeira aparência e reza a lenda que ela faz uso de artes misteriosas que são capazes de realizar qualquer desejo, desde amaldiçoar pessoas à morte a encontrar objetos perdidos. Koushun, o atual imperador, vai ao encontro da Raven Consort para descobrir a quem uma certa joia pertence, e dali em diante uma série de ocorrências se desenrolam.
É difícil falar sobre a estreia de Koukyuu no Karasu sem dar spoilers, pois além de promover o encontro dos protagonistas, o primeiro episódio já apresenta as motivações do imperador e revela o principal segredo da consorte especial. Eu inicialmente esperava um conflito entre os dois, mas me parece que eles serão aliados. Como em toda história de época focada em dinastias, imagino que Jusetsu e Koushun terão de enfrentar todo tipo de conspiração, especialmente se o objetivo for desenvolver um romance entre eles. Neste momento eu não sei que direção a obra irá tomar, mas estou curiosa o suficiente para continuar assistindo.
Vale mencionar que Koukyuu no Karasu teve uma das estreias mais visualmente bonitas até o momento em que comecei a escrever este texto e torço para que continue assim até o final. Minha única reclamação diz respeito à representação do poder da Jusetsu, que apesar de ser uma bela cena, acaba se tornando repetitiva – a mesma cena foi mostrada umas três ou quatro vezes só no primeiro episódio e a única coisa que mudava eram as roupas que a protagonista estava vestindo. Espero que a equipe se mostre um pouco mais criativa nesse aspecto no decorrer dos próximos episódios.
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Mobile Suit Gundam: The Witch from Mercury [Lucy]
É importante avisar que existe um episódio “prólogo” do anime, que além de explicar as origens da protagonista Suletta, apresenta um pouco da situação do universo da história. Recomendo que assista antes de tentar a série, só aviso que eles têm tons e ritmos um tanto diferentes.
O primeiro episódio se divide entre os dramas que Suletta encontra ao frequentar uma escola pela primeira vez — e logo uma em outro planeta, com tradições tão particulares — e a batalha de robôs que acaba ocorrendo como consequência de algumas atitudes que ela assume ao encarar esse drama. Isso com alguns toques de treta corporativa no fundo, é claro. Não sei se contextualizar as lutas dentro disso parece razoável para todos, certamente é uma escolha que pode soar enfadonha para quem é mais “fã tradicional”, mas para mim funcionou muito bem. Minha experiência com animes mecha é quase nula, apenas alguns episódios e dois filmes de Evangelion, então estava um pouco receosa sobre o que iria achar, mas… Visto que a ideia dessas séries novas sempre é abarcar novos fãs, acho que no final das contas foi uma boa escolha. Me diverti assistindo, e preciso comentar que o Gundam Aerial é maneiro DEMAIS! Adorei o design. Acho que já dá pra ver que a tática está funcionando.
Dentro do meu conhecimento da franquia, sei que algo muito grande e recorrente em Gundam é a guerra, em especial os horrores dela, assim como as políticas que envolvem esses conflitos. Eu sinceramente esperava a Suletta sendo “action girl”, toda animadona e pronta para cair na porrada, mas ao considerar esses pontos, o jeito dela faz todo o sentido do mundo, visto os traumas pelo qual ela passou no prólogo. Temos uma protagonista tímida e retraída, mas pelo menos ainda com um bom senso de justiça (por mais que isso possa colocá-la em problemas). É óbvio que em algum momento os estudantes terão que sair de sua “bolha” escolar, que a guerra chegará até eles — ou eles terão que ir de encontro a ela. Estou interessada em como Suletta se desenvolverá nesse caminho, quais relações ela irá construir com o resto do elenco ainda não-apresentado. E por falar em construir relações…
Se eu tivesse uma moeda para cada anime que comentei esse ano que me fez pensar na frase “casamento lésbico com Gundam”, eu teria duas moedas. Não é muita coisa, mas é fantástico que tenha rolado duas vezes.
Quando me falaram “Witch from Mercury é Utena com robôs gigantes”, eu não achei que seria tão literal. Apesar de eu ainda ter a falha de caráter de não ter assistido Utena, reconheço que o enredo “menina entra numa escola onde duelam pela mão de uma moça” me pareceu bem familiar, só que dessa vez com menos simbolismos. As protagonistas ainda viram noivas no final do episódio, então é isso que importa. E daí que talvez isso seja esquema da mãe da Suletta? E daí que elas provavelmente serão metidas numa guerra? O que poderia estragar isso?
(Isso me parece um caso de “famosas últimas palavras”. Vejamos.)
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Mushikaburi-hime [Ana]
Vejam só eu caindo nas armadilhas de novo, não teria algo mais propenso do que um romance histórico para eu me iludir, não é mesmo?
Elianna Bernstein, mais conhecida como princesa da biblioteca, prefere livros a pessoas e aceitou um relacionamento de fachada com o príncipe Christopher em troca de poder ter acesso a todo o acervo de livros que ele possuía. A princípio, Elianna de fato não tinha sentimentos por Christopher, mas isso começa a mudar quando ela se pega com ciúmes ao vê-lo interagir com uma outra mulher. Basicamente, o episódio todo é construído para chegar ao ponto de que talvez Elianna tenha sim sentimentos pelo seu noivo de fachada, e agora nos resta saber como a garota conseguirá lidar com esses sentimentos e se um relacionamento de verdade entre os dois irá surgir.
O anime é de fato muito bonito e bem ambientado, os personagens, a animação, de fato quanto a isso não tenho do que reclamar, o ponto principal será o quanto essa história conseguirá me envolver.
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Shinobi no Ittoki [Ana]
Eu simplesmente não tenho palavras para descrever o que aconteceu nesse episódio. Acho que o fato de eu não saber absolutamente nada sobre o anime contribuiu para que eu ficasse surpresa com o rumo que as coisas tomaram.
O início do episódio parecia que nos levaria para uma história que o protagonista teria que lidar com uma garota stalker, talvez uma comédia romântica, em um tom ligeiramente estranho, ou então que teria algum envolvimento com a sua amiga. No entanto, após sofrer um ataque da garota que vinha o perseguindo, Ittoki que até então não passava de um estudante comum, descobre que ele é o sucessor de um clã ninja (Iga), que está sofrendo ataques de outro clã (Koga). Aparentemente agora Ittoki precisará aprender tudo sobre como é ser um ninja e esse lado da família que ele não conhecia.
Achei ligeiramente divertido, embora não tenha muitas expectativas para a história, ainda mais sendo uma obra original. Tento botar fé na direção já que é o mesmo cara que dirigiu alguns episódios de Re:Creators, Watanabe Shuu. Além disso, o roteirista é um estreante, e a animação em si também não é grandes coisas. Assim, acredito que a solução será desligar o cérebro e ver onde isso vai dar.
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Urusei Yatsura (2022) [Lucy]
Remakes e reboots são sempre ideias delicadas e polêmicas, independente da mídia. Quando se trata de algo tão icônico que ajudou a moldar o que conhecemos como “cultura otaku” hoje, como é o caso de Urusei Yatsura, a história fica ainda mais delicada. Como trazer essa franquia para uma nova era?
O estúdio David Production foi uma ótima escolha, considerando o histórico deles com adaptações de mangás antigos. Afinal, foram eles que elevaram JoJo no Kimyou na Bouken ao status de fama mundial após quase trinta anos de obscuridade na maior parte do ocidente. Acho que o resultado pode se repetir com Urusei Yatsura. Adorei as escolhas estilísticas, com cores vibrantes e traços arredondados trazendo um espírito bastante “oitentista” — apesar de ser mais no estilo “como representamos os anos 80 hoje em dia”, não exatamente como era a animação da época. Mesmo assim, ficou ótimo! Transmite a energia necessária e é fofo demais.
Mas só estilo é o suficiente para atrair uma nova geração? Eu nunca assisti o original e ainda assim me diverti com o episódio. O caos e a confusão são justamente o que eu esperava! Entretanto, esse ritmo pode parecer um pouco acelerado demais para alguns. Além disso, é claro que a essa altura alguns dos elementos narrativos e piadas podem parecer batidos (para não dizer “antiquados”), mas é impossível esperar outra coisa vinda de uma obra criada há mais de quarenta anos. Se prender a isso é chover no molhado, mas tenho certeza que ainda será um fator decisivo no quanto alguém vai gostar ou não do anime.
Por fim, é importante lembrar que a série foi apresentada como uma compilação de “melhores momentos” do mangá, não uma adaptação completa. Como aparenta ser uma história bem episódica, sem ênfase em linearidade, não acho que isso seja um problema. Nesse primeiro momento, pelo menos, minha impressão inicial da obra é bem positiva! Claro que o trio de protagonistas é frustrante, cada um de sua própria maneira, mas isso compõe boa parte da comédia até aqui. Meu único receio é que isso fique cansativo ao longo dos quase 50 episódios. Normalmente, eu esperaria uma evolução deles nesse trajeto, mas visto que a autora Rumiko Takahashi é um pouco infame pelo ritmo repetitivo de suas comédias românticas, já estou apostando que eles vão terminar mais ou menos onde começaram, só com o rapaz trocando de interesse amoroso…
Até lá, acredito que vai ser um exercício interessante acompanhar a adaptação e comparar como Urusei Yatsura influenciou tantas obras atuais. Se eu também acabar me apaixonando pela Lum no meio do caminho, como parece que aconteceu com todo mundo que viu o anime, não vou achar totalmente inesperado.
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Um comentário em “Primeiras impressões: temporada de outono (2022)”