Esse texto foi originalmente publicado em 5 de junho de 2016
Quem me recomendou Rainbow: Nisha Rokubou no Shichinin foi um dos autores do Rukh no Teikoku, o Shiki. Confesso que antes de ele ter me feito a recomendação, eu nunca havia ouvido falar sobre esse anime. Depois de terminar de assisti-lo, eu sinceramente não consegui entender o porquê. Rainbow é uma obra extremamente subestimada, tendo em vista que o que ela se propõe a explorar é um ponto realmente interessante.
Antes de começar a falar sobre a obra propriamente dita, eu gostaria de deixar claro que somente quem possui uma mente aberta e está disposto a refletir sobre a sua visão de mundo com relação às populações carcerárias será capaz de compreender e realmente gostar de Rainbow. Se você for do tipo que acredita que “bandido bom é bandido morto”, não tem por que você assistir a uma animação que contestará justamente a forma de tratamento que esses presidiários recebem durante e depois do tempo que passam na cadeia, tanto pelas pessoas que estão dentro quanto pelas pessoas que estão fora.
Além disso, Rainbow também nos traz algumas cenas bem pesadas (abuso sexual, estupro, espancamento, suicídio, entre outras coisas), portanto quem for assistir é importante que mantenha isso em mente. Mostrar essas cenas é indubitavelmente necessário para passar a atmosfera da obra.
Agora que deixei isso claro, vamos à discussão. Comecemos pela ficha técnica.

Rainbow: Nisha Rokubou no Shichinin
Gênero: Drama, Histórico, Seinen, Suspense
Episódios: 26
Ano de lançamento: 2010
Estúdio: Madhouse (Death Note, One Punch Man)
Diretor: Koujina Hiroshi (Hunter x Hunter 2011)
Sinopse: A história se passa no ano de 1955, no Japão. Mario Minakami acaba de chegar ao Reformatório Shounan junto de seis outros adolescentes que foram presos por crimes sérios. Enviados à mesma cela, eles conhecem um interno mais velho, Rokurouta Sakuragi, um ex-boxeador com quem eles estabelecem um forte laço. Sob sua liderança, e com a promessa de que eles se encontrarão novamente do lado de fora depois de cumprirem suas sentenças, os delinquentes começam a ver sua situação desesperançosa de uma forma melhor.
Rainbow: Nisha Rokubou no Shuchinin conta a história de sete colegas de cela que lutam juntos contra o sofrimento brutal e a humilhação causados a eles por Ishihara, um guarda sádico que tem raiva do Rokurouta, e Gisuke Sasaki, um médico que sente prazer ao violar o corpo dos meninos. Juntos, os sete internos tem que reunir toda a força que eles têm para sobreviver até que suas sentenças terminem sob essas condições infernais; se eles conseguirem, que tipos de vida estarão esperando por eles do lado de fora da prisão?
Tecnicamente falando já se pode esperar que Rainbow tenha uma adaptação sólida, pois o anime vem de um grande estúdio da indústria (Madhouse) e possui o mesmo diretor do tão aclamado Hunter x Hunter (2011): Koujina Hiroshi.
A abertura explosiva consegue passar perfeitamente o sentimento que temos ao assisti-lo. A letra de “We’re Not Alone” da banda japonesa coldrain condiz com a ideia que a sinopse nos apresenta. Principalmente os trechos a seguir:
“Because inside we were all alone, but this place gave us something, it somehow made us strong.”
(Porque por dentro todos estávamos sozinhos, mas esse lugar nos deu algo, ele de alguma forma nos tornou fortes)
“If there’s a place inside this world, where hope and dreams are not yet lost, we’ll stand and fight against these walls, we’ll fight this fight forevermore.”
(Se há um lugar nesse mundo onde a esperança e sonhos ainda não foram perdidos, ficaremos de pé e lutaremos contra essas paredes, lutaremos eternamente.”
“When things go bad, when things go wrong, when on the verge of letting go, there’s something that I really want you to know: you’re not alone. No, you’re not alone anymore.”
(Quando der ruim, quando as coisas derem errado, quando você estiver a ponto de desistir, tem algo que eu quero muito que você saiba: você não está sozinho. Não, você não está mais sozinho.)
Além disso, no cast também temos vários dubladores talentosos, exemplos como Park Romi (Edward de Fullmetal Alchemist) e Koyama Rikiya (Kiritsugu de Fate).
Sem sombra de dúvidas, o ponto alto da obra são os personagens e o laço que é desenvolvido entre eles. Em um primeiro momento, quando não conhecemos nenhum dos personagens e muito menos as suas motivações e o que os levou até ali, é bem fácil desgostar ou pegar raiva de algum deles. Não conseguimos evitar julgamentos porque não conhecemos a situação por completo. Todos estão ali porque cometeram algum tipo de crime e merecem cumprir uma pena por eles, isso é um fato, mas o buraco é muito mais embaixo.
O primeiro ponto que o anime contesta é esse: as pessoas não viram criminosas simplesmente porque querem. Na maioria das vezes elas já cresceram em um ambiente problemático, não tiveram a menor forma de estrutura familiar, não receberam uma educação adequada, não tiveram oportunidades na vida, já vieram de situações de extrema pobreza, entre tantos outros fatores que as levaram a cometer crimes. Claro, certamente há quem tentará contra-argumentar esse fato dizendo que não é porque uma pessoa é pobre que ela tem que virar bandida. Olha, realmente, mas falar é muito fácil, não é mesmo?
Tenho certeza que podemos encontrar vários exemplos por aí de pessoas que não precisaram recorrer ao crime para superar a situação precária em que viviam, mas infelizmente essas pessoas são a exceção à regra. Resta a nós compreender o que gera os problemas sociais envolvidos em cada caso e criar meios de diminuir a desigualdade social, erradicando a pobreza, e evitar que mais jovens caiam pra esse caminho simplesmente porque não conseguiam enxergar outra saída.
Para comprovar o que estou dizendo, analisemos os nossos protagonistas (e estejam cientes que haverá possíveis spoilers a partir daqui):
Noboru Maeda (Tartaruga): 16 anos, órfão, sobrevivente de uma explosão de bomba atômica. Foi preso por roubo, entre outros crimes que não foram possíveis ser completamente investigados durante o tempo em que ele ficou detido.
Mansaku Matsuura (Repolho): 17 anos, foi detido por uso de violência e consumo de álcool enquanto menor de idade. Cometeu um ato de violência que deixou a vítima com graves ferimentos enquanto estava bêbado.
Mario Minakami: 17 anos, foi detido por usar violência contra um professor que havia abusado sexualmente de uma estudante.
Ryuuji Nomoto (Descoberto): 17 anos, foi preso por roubos e outros crimes frequentemente cometidos em shoppings.
Tadayoshi Yooyama (Soldado): 17 anos, foi detido por atos de violência, tendo nocauteado o namorado de sua mãe.
Jou Yokosuka (Joe): 16 anos, foi preso por causar ferimentos graves que precisaram de três meses de recuperação na pessoa que tentou estuprá-lo.
Rokurouta Sakuragi (An-chan): 18 anos, preso por supostamente ter matado os próprios pais.
Vejam bem: a família de Tartaruga já era conturbada e ele ainda ficou órfão quando era muito novo. Repolho não tinha quem o colocasse nos trilhos. Mario foi preso por tentar defender uma estudante (muito embora o método dele seja questionável, é claro). Descoberto veio de uma família muito pobre e sua mãe tinha que vender o corpo para poder alimentar seus irmãos e ele. Soldado muito provavelmente foi tentar defender sua mãe de um namorado abusivo, porque ele não bateria em alguém por nada (e aqui estou usando uma suposição porque Soldado foi o único que não teve seu background apresentado no anime). Joe foi preso por defender o próprio corpo. Sakuragi nem sequer teve o motivo esclarecido em um primeiro momento. Percebem como nenhum deles era bandido por natureza, como nenhum deles escolheu vir da situação que veio, que nenhum deles simplesmente se transformou em uma pessoa ruim de uma hora pra outra? Uma família estruturada e uma educação de qualidade, além de oportunidades, fazem muita falta na vida de uma pessoa.
O segundo ponto que o anime contesta é: o tratamento que os presos recebem dentro do Reformatório. Eles são a escória da sociedade, não é mesmo? Então merecem ser estuprados sistematicamente, espancados simplesmente porque o guarda curte ver os outros sofrendo e se remoendo de dor, não tem o menor problema torturar uma pessoa até ela ficar muito próxima da morte mesmo que ela seja tão humana quanto você, não é mesmo? Afinal, “bandido bom é bandido morto”. Caras… Não. É para isso que existem os Direitos Humanos: para garantir que todas as pessoas, sem exceções, sejam tratadas como pessoas. Os direitos humanos não foram criados para defender bandido, mas sim para garantir a integridade física e psicológica de todas as pessoas, ou seja, aquilo que chamamos de dignidade humana.
O conceito político de dignidade humana pode ser definido da seguinte forma: “por dignidade da pessoa humana, entende-se a qualidade intrínseca e distintiva reconhecida em cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando neste sentido um complexo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante e desumano como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e promover sua participação ativa e corresponsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão com os demais seres humanos.” (Ingo Sarlet)
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“Machucados e fraturas se curam com o tempo, |
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mas as feridas no coração das pessoas não se curam tão facilmente.” |
Logo, o fato de uma pessoa ter cometido um crime, seja lá ele qual for, não nos dá o direito de tratá-la de forma desumana. É preciso entender que vingança e justiça são conceitos totalmente distintos, e as pessoas não são presas para que nos vinguemos delas. Elas são presas para que possam ser ressocializadas e inseridas na sociedade novamente depois de cumprirem suas penas. É óbvio que o sistema é questionável. Aqui no Brasil, por exemplo, ele não funciona e por isso a taxa de reincidência de crimes é tão alta – os trabalhos sobre reincidência criminal ainda são escassos, mas no quadro abaixo, divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) no ano passado, constam alguns números para que possamos ter uma ideia:
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(Clique na imagem para ampliar) |
No entanto, não é porque o sistema penitenciário é falho que matar as pessoas ou tratá-las feito lixo automaticamente se tornará a solução de todos os problemas relacionados à pobreza, à violência e à criminalidade em si. Muitas melhorias precisam ser feitas: medidas socioeconômicas para amenizar a questão da desigualdade social, investir na educação de qualidade, oferecer oportunidades de trabalho, além de obviamente melhorar o sistema penitenciário que do jeito que está não recupera ninguém (assim como o Reformatório mostrado no anime), muito pelo contrário, como diria Foucault, serve apenas para fabricar novos criminosos ou para afundá-los ainda mais na criminalidade.
A vingança nada mais é do que uma tentativa de, quem sabe, amenizar a dor da família de uma vítima; é fazer justiça com as próprias mãos. Qualquer pessoa que tenha estudado o mínimo que seja de Sociologia ou Teoria Política sabe que a prática de fazer justiça com as próprias mãos apenas leva a um ciclo vicioso de morte atrás de morte e não resolve problema algum, sendo algo evidenciado até mesmo através das brigas entre clãs que existiam na Grécia Antiga, ou seja, não é de hoje, e nunca resolveu nada. Enquanto a justiça, que possui diferentes conceitos dependendo de qual teórico está por trás dela, se trata de punir o indivíduo de modo que a punição não se torne desmedida com relação ao crime que ele cometeu e estando de acordo com as leis.
Portanto, o que nós temos que fazer é exigir que a justiça como deve de ser seja feita, além de exigir que as medidas de melhorias necessárias sejam tomadas, mas nós não precisamos retroceder trocentos anos e sair por aí gritando aos ventos que “bandido bom é bandido morto”, por exemplo.
O terceiro ponto que a obra contesta é justamente o que vai acontecer com os detentos depois de saírem do Reformatório. Todos eles possuem sonhos, coisas que querem fazer, mas é muito bonitinho da nossa parte acreditarmos que depois de (supostamente) serem ressocializadas as pessoas serão inseridas na sociedade novamente. Ingênuo até, eu diria. O motivo é bem simples: ninguém quer contratar alguém que tenha antecedentes criminais. Mesmo que a pessoa em questão tenha se arrependido, tenha realmente mudado ou tenha tido motivos muito “válidos” para cometer os crimes que cometeu (não estou querendo justificá-los, mas sim explicar que eles não aconteceram do nada e ninguém nasce bandido), aquela ficha suja é o certificado para eles retornarem ao mundo do crime simplesmente porque ninguém os oferece oportunidades de trabalho, por exemplo. Para que a ressocialização e a reinserção aconteçam de fato, como mencionei anteriormente, é preciso haver garantias de que essas pessoas terão trabalho e poderão viver uma vida digna longe do crime.
Nesse sentido, o anime é bem pesado. Por serem considerados a escória da sociedade e receberem um tratamento como se fossem lixo, essas pessoas passam a acreditar na ideia de que elas merecem o que estão sofrendo ou que seja lá o que receberem, devem aceitar, porque não há outra solução pra elas. Isso fica muito claro em uma cena que a irmã de Joe, Megumi, está prestes a ser adotada por um cara que só está interessado em abusar sexualmente dela. Joe tenta salvá-la, mas a resposta que ela dá é a seguinte:
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“Nós não temos nenhum parente.” |
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“Nossa única escolha é sermos usados pelos outros.” |
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“Não… pense mais em mim.” |
Aqui, vale lembrar que Megumi era tudo o que Joe tinha. Joe se esforçava todos os dias para sobreviver àquele inferno com a esperança de que um dia se reencontraria com sua irmã. Quando ele finalmente tem essa oportunidade, é isso que acontece, é isso que ele tem que ouvir dela. Megumi também está visivelmente sofrendo, e é óbvio que ela só falou isso numa tentativa de protegê-lo de males ainda maiores.
Joe sonha em ser cantor. Ele acha que se ficar famoso um dia poderá reencontrar sua irmã. Mas na primeira oportunidade que ele recebeu para realmente estrear (considerando que antes disso ele apenas era explorado por uma banda de pequeno porte), por motivos de forças maiores, ele não conseguiu comparecer. Não era culpa dele, mas ele foi chutado pela mulher que havia o ajudado a chegar lá. Ela ainda diz a ele que pessoas como Joe só tem uma única chance na vida, e como ele não aproveitou a dele, agora nunca mais teria outra. Joe cai no chão, aos prantos, e questiona: será que pessoas como nós não têm sequer o direito de sonhar?


Conforme disse na discussão acima, o ponto mais forte do anime realmente é o desenvolvimento dos personagens e o fortalecimento do laço que é formado entre eles ao longo dos episódios. É realmente incrível ver como eles estão lá uns pelos outros do jeito que podem, mesmo que nem sempre os métodos sejam o que consideraríamos corretos, e tentam sobreviver àquele inferno juntos. É incrível a força que eles têm para superar o fato de o mundo estar contra eles e ainda assim eles quererem sair daquela situação horrorosa. É incrível que eles queiram fazer diferente.
Esse laço que é formado entre eles acaba abrangendo o conceito de família, algo que nenhum deles realmente tinha, pelo menos não da forma que deveria de ser (uma família estruturada, que fornecesse educação e apoio). Com o passar do tempo, ele acaba abrangendo outras personagens, mas gostaria de destacar principalmente uma delas, a Lily.
Lily era a típica mulher que precisava sobreviver de programas para poder se alimentar, até que virou a “mulher” de um general americano durante o tempo em que os Estados Unidos ocuparam o Japão. Ela foi iludida e enganada por ele, mas mesmo assim, não desistiu de continuar batalhando por sua vida. Ela e Tartaruga formaram um laço particularmente especial.
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“Eu já tinha chorado de tristeza e humilhação, |
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mas eu nunca tinha chorado de felicidade.” |
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“Nesse mundo em que gentileza e cuidado são escassos, |
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Tartaruga considerava Lily a sua família.” |
Rainbow também nos mostra como uma única pessoa pode fazer uma diferença gigantesca na vida de tantas outras pessoas. Se não fosse por Sakuragi, dificilmente os outros seis teriam sido capazes de passar por tudo o que passaram. Sakuragi, que promoveu a união entre eles, ficou eternamente marcado em seus corações. Mesmo depois de sua partida, ele nunca foi esquecido, e Mario (que era quem mais o admirava), foi lentamente se tornando sua imagem e semelhança. As lições do An-chan ficaram marcadas para sempre na vida de cada um dos seis adolescentes.
Isso nos mostra como se esses meninos tivessem tido alguém para guiá-los desde o começo, possivelmente não teriam trilhado o caminho que os levou até aquele Reformatório. Precisamos guiar a nossa juventude.
Rainbow é realmente uma obra interessante e eu diria até essencial para que reflitamos sobre esse lado vulnerável da nossa sociedade. Há vários pontos relevantes levantados pelo autor, e tenho certeza que uma das intenções dele é que reflitamos sobre esse assunto. Eu gosto muito de encontrar obras que não foram somente feitas para vender e fazer dinheiro, mas também para nos fazer pensar e acrescentar algo em nossas vidas.
No entanto, apesar de Rainbow possuir todos esses pontos positivos, eu tenho algumas críticas a fazer. A primeira é que eu não gosto nem um pouco da forma que as mulheres foram retratadas em boa parte do anime. É bastante frequente que elas sejam objetificadas ou vistas como a “coisa” que é capaz de destruir a vida de um homem. Há um exemplo muito claro disso com toda a prostituição vista ao longo do anime, o reforço da ideia machista de que é só fazendo sexo que os homens realmente se tornam homens, além do relacionamento que tentam desenvolver entre o Descoberto e uma garota de programa pela qual ele se apaixonou.
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“Mesmo que eu esteja arriscando minha família e meus amigos, é melhor do que perder a Eri.” |
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Descoberto, cego pelo amor, havia perdido de vista todo o resto. |
Essa história de amor entre ele a Eri me fez revirar os olhos. Foi algo que, na minha opinião, ficou totalmente fora do lugar. Passaram tanto tempo reforçando a questão do laço entre os amigos e a família em si, por que raios o Descoberto trocaria tudo o que ele tinha construído até aqui por uma mulher que claramente não queria ficar com ele? Entendo que seja a inexperiência da juventude, mas honestamente, não tive paciência para esses episódios.
Além disso, também há o que aconteceu depois que eles saíram do Reformatório. Eles decidiram buscar vingança contra o Ishihara e o Sasaki. Eu não gostei muito dessa escolha porque eles continuariam no ciclo vicioso de justificar um crime cometendo outro, embora fosse totalmente compreensível que eles sentissem um ódio mortal daqueles dois seres desprezíveis. Felizmente eles acabaram se redimindo depois, então acho que essa questão não seria exatamente uma crítica, mas sim um apontamento que eu gostaria de fazer.
Fora isso, a obra é realmente maravilhosa. Ela não é perfeita, possui algumas falhas aqui e ali, mas com certeza merece um 9/10. Está recomendadíssima para quem se interessar pelo assunto.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Disponível em: <http://www.nodo50.org/insurgentes/biblioteca/A_Microfisica_do_Poder_-_Michel_Foulcault.pdf>. Acesso em: 05 jun. 2016.
Difícil ver um review bem escrito e com uma opinião totalmente imparcial parabéns a quem escreveu, o mangá /anime é fantástico
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