Os 30 melhores animes dos anos 2000

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Esse texto foi originalmente postado em 29 de abril de 2017
Hoje, 29 de abril de 2017, o Rukh no Teikoku está completando um ano de vida. Após dezenas de postagens e centenas de comentários – majoritariamente positivos, diga-se de passagem –, só temos a agradecer a todos que possibilitaram que déssemos continuidade ao nosso trabalho. Todo feedback que recebemos é importante para nós, queremos crescer cada vez mais com vocês, e esperamos que nosso conteúdo atinja mais e mais pessoas com o passar do tempo. Precisamos construir (e desconstruir) a sociedade que queremos viver com as nossas próprias mãos.
Para comemorar o primeiro aniversário do blog, decidi fazer uma lista com os 30 melhores animes dos anos 2000 (até o momento em que essa postagem está sendo escrita). As obras que figuram aqui foram escolhidas com base em critérios pessoais (vulgo gosto pessoal), mas também foram consideradas influências externas em alguns casos.  Espero que gostem! 

#30 Taishou Yakyuu Musume.

Episódios: 12 | Estúdio: J.C.Staff | Ano: 2009

Taishou Yakyuu Musume. é um anime cuja história se passa em 1925 (12º ano da era Taishou), uma época em que o beisebol ainda era um esporte relativamente desconhecido no Japão. Depois de ter ouvido um garoto, jogador de beisebol, falar que “mulheres devem ser donas de casa e não ir à escola”, a protagonista Akiko (14) convida sua amiga Koume para criar um time de beisebol com o objetivo de provar para o garoto que ele está errado. Na década de 1920, até mesmo correr era uma atividade considerada vulgar demais para as mulheres e o beisebol era conhecido como “coisa de homem”. Por essas razões, as garotas enfrentam muitas dificuldades para encontrar membros suficientes, conseguir permissão dos pais, assim como aprender mais sobre o esporte em si.

Na minha opinião, Taishou Yakyuu Musume. não deve ser apreciado como um anime de esporte qualquer, mas sim como uma obra que dá ênfase à quebra de estereótipos de gênero e conquista das mulheres no que diz respeito a direitos individuais, assim como a possibilidade de praticarem o esporte que quiserem sem que sofram represálias. Não há nada de muito especial em termos técnicos no que tange à adaptação, mas também não encontrei nada de ruim nesse aspecto. O estúdio J.C.Staff fez um bom trabalho adaptando a Light Novel de Kagurazaka Atsushi, e esse certamente é um anime que vale a pena dar uma olhada.

#29 Hourou Musuko

Episódios: 11+1 | Estúdio: AIC Classic | Ano: 2011


Hourou Musuko é um anime relativamente desconhecido que fala sobre identidade de gênero. Focando em dois estudantes do fundamental – Shuuichi Nitori e Yoshino Takatsuki –, a obra explora temas como a dura realidade que se enfrenta ao crescer, o modo com o qual pessoas trans são tratadas e a busca pela aceitação (tanto no que diz respeito a si mesmo quanto à sociedade).

A animação da obra é muito bonita, inclusive venceu o prêmio de “Best Animated Broadcast Release” no 65º Motion Picture and Television Engineering Society of Japan Awards em 2012. Sendo uma das poucas séries que retrata de forma séria as dificuldades encontradas pelas pessoas LGBTs, Hourou Musuko é um must-watch para quem gostaria de entender mais sobre o assunto.

#28 Sidonia no Kishi

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Episódios: 12+12 | Estúdio: Polygon Pictures | Ano: 2014


A história de Sidonia no Kishi se passa no ano de 3394, quando o planeta Terra já fora destruído por uma raça alienígena conhecida como Gauna, que agora tem como objetivo perseguir o que restou da humanidade – esta, que sem muita escolha, fugiu para o espaço e passou a viver em um número limitado de naves gigantes. Nagate Tanikaze, nosso protagonista, deixa sua vida de isolamento nas profundezas da nave Sidonia no intuito de procurar comida nos níveis superiores, o que faz com que ele seja arrastado para os conflitos posteriores sem ter conhecimento disso.

Eu sinceramente não sou muito fã de mecha e devo confessar que também tinha um certo preconceito em relação a animes inteiramente animados em CG, mas Sidonia no Kishi foi capaz de romper ambas as barreiras. Tendo sido indicado ao prêmio de Animação do Ano na categoria de televisão pelo Tokyo Anime Award Festival de 2015, o anime é um ótimo seinen de ação e ficção científica que vai te deixar vidrado conforme os acontecimentos forem se desenrolando um após o outro. Vale a pena mencionar também que o tema de abertura de Sidonia no Kishi, “Sidonia”, da dupla japonesa angela, venceu o prêmio de tema de abertura no 19º Animation Kobe Awards em 2014.

#27 Gatchaman Crowds

Episódios: 12+1+12 | Estúdio: Tatsunoko Production | Ano: 2013


Gatchaman Crowds é um anime de aventura e ficção científica que envolve seres transcendentais, alienígenas, super-heróis e um dispositivo em formato de livro que, ao ser ativado, transforma as pessoas escolhidas em uma espécie de mecha muito louco. Lendo a sinopse, você definitivamente não sabe o que esperar de um trem desses, certo? Mas eu digo: vai fundo porque vale a pena. 

Por detrás dessa proposta absurda, a obra original do estúdio Tatsunoko Production na verdade fala sobre política e as implicações que ela traz para as nossas vidas. Os questionamentos levantados são realmente muito interessantes para se discutir, ainda que a segunda temporada seja visivelmente mais fraca do que a primeira (há boatos de que o estúdio tentou montar no sucesso que foi a primeira, cujas vendas de BDs foram acima da média, e se lascou porque o conteúdo da segunda não ficou no mesmo nível da anterior). Particularmente, acho Gatchaman Crowds visualmente muito bonito, com um belo jogo de cores e um character design diferenciado (não me lembro de tê-lo visto em outro lugar antes). Recomendo que assistam à primeira temporada, mas vejam a segunda por sua conta e risco, caso queiram.

#26 Donten ni Warau

Episódios: 12 | Estúdio: Doga Kobo | Ano: 2014


Quando as espadas foram proibidas no décimo primeiro ano da Era Meiji, a poderosa população de samurais começou a diminuir. Aqueles que rejeitaram o banimento das lâminas se rebelaram, gerando consequências violentas por todo o interior do país. Para combater o aumento das atividades criminosas, uma prisão impenetrável foi construída. Três jovens, nascidos da linhagem Kumoh, receberam a missão de entregar esses criminosos para seus locais de confinamento 
– mas será que é só isso que há por detrás dessas missões?

Donten ni Warau é um shoujo de ação e histórico que chama a atenção em um primeiro momento especialmente devido à bela arte do mangá. Entretanto, não se enganem! Além da beleza da obra, há um enredo muito bem explorado que sempre te deixa alerta para o plot twist do plot twist. Embora o estúdio Doga Kobo não tenha feito muitas obras famosas, a adaptação de Donten ni Warau foi dirigida de forma competente, além de estar recheada de dubladores maravilhosos em seu elenco. Ao que parece, o mangá Donten ni Warau Gaiden também será adaptado para anime no ano que vem – um filme que contará diferentes histórias de diferentes períodos. Eu gosto demais das personagens femininas dessa obra e recomendo fortemente que a assistam como um shoujo que foge dos estereótipos da demografia. 

#25 Steins;Gate

Episódios: 24 | Estúdio: White Fox | Ano: 2011


Sei que muita gente vai querer me bater por causa da posição que coloquei Steins;Gate aqui (principalmente o Gabriel <3), mas já vou esclarecendo que isso se deve ao fato de eu ter visto o anime há muito tempo e não confiar muito na minha memória. Ainda assim, Steins;Gate foi adaptado de uma Visual Novel que surgiu de uma parceria entre as empresas 5pb e Nitroplus, cujo sucesso foi tremendo, além de ter sido aclamada pelos críticos. A história de Steins;Gate gira em torno de Rintarou Okabe, um autoproclamado cientista louco, que explora as profundezas da teoria científica e sua praticidade. Forçado a atravessar as divergentes linhas do passado e do presente, Okabe deve carregar o peso de possuir a chave para o domínio do tempo.

Eu me lembro de ter visto esse anime há alguns anos e ter pensado “cara, nada nesse troço faz sentido!” até eu chegar mais ou menos na metade dele. Foi muito louco quando as coisas começaram a se interligar e eu passei a entender onde que o autor queria chegar. Considerado como um masterpiece por muitos, Steins;Gate é um must-watch para os amantes de ficção científica.

#24 Gin no Saji

Episódios: 11+11 | Estúdio: A-1 Pictures | Ano: 2013


Da mesma criadora de Fullmetal Alchemist, Arakawa Hiromu, o mangá de Gin no Saji já vendeu mais de 12 milhões de cópias no Japão e recebeu a honra de ser nomeado ao prêmio cultural Tezuka Osamu, em sua 19º edição. Conforme falei aqui em outra oportunidade, a história de Gin no Saji conta a dia a dia de Hachiken, um garoto que decidiu se matricular em uma escola agrícola no interior de Hokkaido para fugir do estresse que seus pais o causavam devido às grandes expectativas e pressão que colocavam sobre ele.

A obra traz várias críticas em relação à indústria de alimentos e ao consumismo exacerbado. Além disso, acompanhamos o processo de amadurecimento do Hachiken e seus amigos, muito bem escrito pela autora. Para quem gosta do gênero slice of life e de uma boa critica, vale a pena dar uma olhada.

#23 Akatsuki no Yona

Episódios: 24 | Estúdio: Studio Pierrot | Ano: 2014


Eu só não coloco Akatsuki no Yona mais pra cima nessa lista porque o anime não adaptou nem 1/3 da obra (que só fica cada vez melhor a cada volume lançado). Acredito que já falei o suficiente sobre ela na minha postagem de recomendação do anime, portanto deixarei o link aqui para os interessados:

Recomendação: Akatsuki no Yona: mais do que um shoujo sobre uma princesa cercada de caras bonitos.

#22 Hibike! Euphonium

Episódios: 13+13 | Estúdio: Kyoto Animation | Ano: 2015


Se não fosse a segunda temporada desastrosa, eu provavelmente teria colocado Hibike! Euphonium em uma posição mais alta. Como todos sabem, a animação da Kyoto Animation é de ficar babando na frente da tela tamanha a beleza (segundo a Gab, os caras devem ter um orçamento infinito pra fazer um negócio desses). Junto de um bom enredo e um bom desenvolvimento de personagens, não teria como algo dar errado.

De fato, a primeira temporada de Hibike! Euphonium foi provavelmente uma das melhores coisas envolvendo temática escolar que eu já assisti, mas a continuação não conseguiu manter o mesmo nível da temporada anterior. Os roteiristas se perderam em alguns episódios, os tons de queerbaiting permaneceram como apenas queerbaiting, a relação das protagonistas foi praticamente apagada no decorrer da série… Enfim, uma decepção. É claro que ainda assim eu não classificaria a obra como ruim (ela inclusive figurou no meu TOP 20 do ano passado), mas não quero que ninguém crie falsas expectativas em relação a ela. Vale a pena assistir? Vale, nem que seja só pra ficar babando pelos visuais. Entretanto, não se deixe enganar pelo queerbaiting nem espere que o nível de aprofundamento da primeira temporada seja mantido.

#21 ReLIFE

Episódios: 13 | Estúdio: TMS Entertainment | Ano: 2016


Definitivamente uma das melhores coisas que 2016 teve a nos oferecer (e recentemente confirmaram que o final do anime será adaptado em 4 OVAs, lançados via BD no ano que vem!). Gosto principalmente do desenvolvimento dos personagens nesse anime, que consegue passar a ideia de como é ser adolescente, com personagens críveis e conflitos que todos nós encaramos em um certo ponto da vida.

Além disso, conforme falei aqui outras vezes, é muito legal ver como cada personagem se desenvolve individualmente (com foco no nosso protagonista, que tem a habilidade de mudar quem está ao seu redor); o drama rola na medida certa (embora às vezes dê vontade de dar uns tapas na Kariu); e de quebra ainda temos várias filosofias de vida sendo passadas. É interessante ver como ReLIFE aborda a questão do mercado de trabalho japonês, do bullying tanto em ambiente escolar como em ambiente de trabalho, e toda a problemática de “voltar” no tempo para tentar mudar alguma coisa. Aos amantes de slice of life e viagem no tempo, recomendo demais.

#20 Arslan Senki

Episódios: 25+8 | Estúdios: SANZIGEN, LIDENFILMS | Ano: 2015


Arslan Senki é um prato cheio para os amantes de animes históricos e guerras. Temos de tudo um pouco: ação, aventura, drama e até mesmo elementos de fantasia. Com o character design de Arakawa Hiromu e uma trilha sonora riquíssima (Aoi Eir, Kalafina, NICO Touches the Walls, UVERworld), a adaptação de Arslan Senki vai te deixar com aquele gostinho de “quero mais” a cada episódio que passar. Aos interessados, falei da obra de forma mais aprofundada aqui:

IMPRESSÕES FINAIS #01: Temporada de Verão (2016).

#19 NANA

Episódios: 47 | Estúdio: Madhouse | Ano: 2006


Sabe aquele anime que pega um martelo e fica batendo no seu coração até ele virar pó? Então, seja bem-vindo ao mundo de NANA. É uma pena que o mangá tenha sido descontinuado por problemas de saúde da autora, mas ainda assim, é uma obra que vale a pena dar uma olhada – a título de curiosidade, o mangá de NANA recebeu o prêmio Shogakukan Manga Award na categoria shoujo e já vendeu mais de 40 milhões de cópias.

A história gira em torno de Komatsu Nana, uma garota de 20 anos bobinha e que se apaixona facilmente, tornando-se grudenta e dependente das pessoas ao seu redor, e Osaki Nana, uma vocalista de punk rock que deseja se tornar uma cantora profissional. As duas seguem para Tóquio em busca de seus sonhos e se conhecem a caminho de lá, desencadeando uma série de eventos que levam as duas a morarem juntas. NANA é uma obra cheia de romance, música, desafios e corações partidos que põem à prova laços que outrora seriam inquebráveis.

#18 Darker Than Black: Kuro No Keiyakusha

Episódios: 25+4+12 | Estúdio: Bones | Ano: 2007


Darker than Black é aquele anime famoso, mas que não é tão famoso assim. Quero dizer, ele é relativamente popular em sites como o MyAnimeList, porém dificilmente vejo pessoas comentando sobre ele (talvez porque tenha sido lançado em 2007?). Bem, de qualquer forma, é uma obra incrível. O estúdio Bones é especialista em animar cenas de ação e Darker than Black, como um anime de ficção científica que envolve uma porrada de ação e suspense, é bem animado.

Premiado como Melhor Anime Original do Ano pela revista GoGoplex e indicado pelo júri do Japan Media Arts Festival em 2007 para a categoria de longa de animação, Darker than Black conta a história de Hei e outros Contratantes (pessoas que, em troca de sua humanidade, receberam superpoderes) que cumprem missões para o misterioso e cruel Sindicato, ao mesmo tempo em que vão revelando aos poucos o lado podre dele, o qual ameaça a própria existência dos Contratantes. Darker than Black foca em uma guerra travada exclusivamente na escuridão, onde nem posicionamentos políticos nem a justiça importam.

#17 Uchouten Kazoku

Episódios: 13+12 | Estúdio: P.A. Works | Ano: 2013


Enrolei horrores para sair do primeiro episódio de Uchouten Kazoku, mas depois que passei dele, a ride só ficou cada vez melhor. Na minha opinião, essa é uma obra um pouco difícil de se engajar pelo fato de ter um enredo que leva tempo para começar a fazer sentido 
– motivo pelo qual ela te prende, em um primeiro momento, especificamente pela estética. Apesar disso, Uchouten Kazoku é um anime extremamente divertido, contando o dia a dia dos irmãos Shimogamo e suas lutas diárias, ao mesmo tempo em que se aproximam da verdade sobre a morte de seu pai.

Uchouten Kazoku é competente ao desenvolver seu enredo, balanceando o drama e a comédia de modo eficaz, sem perder a seriedade e entretendo seus espectadores. Certamente não vai atrair todo mundo (principalmente quem não gostar dos elementos de fantasia ou da lentidão no desenvolvimento da trama), porém ainda assim, é uma obra que eu recomendaria.

#16 Black Lagoon

Episódios: 12+12+5 | Estúdio: Madhouse | Ano: 2006


Black Lagoon é uma obra que se aprofunda nos temas de moralidade humana e virtude, contando a história de Rokurou Okajima, um assalariado japonês qualquer que, após ser capturado por um grupo de mercenários na Tailândia e traído por seu empregador, decide se juntar ao grupo conhecido como Black Lagoon. Rock (como foi apelidado), luta para manter seus valores e filosofias intactos enquanto lentamente vai deixando de ser um assalariado qualquer e se transformando em um mercenário sem escrúpulos.

Black Lagoon é definitivamente um dos melhores seinens que já assisti até hoje. Esperar por uma terceira temporada talvez seja sonhar alto demais, já que faz muitos anos desde que a adaptação foi ao ar, mas… considerando que o mangá voltou a ser publicado recentemente, sonhar é de graça, né?

#15 Diamond no Ace

Episódios: 75+51 | Estúdios: Production I.G, Madhouse | Ano: 2013


Diamond no Ace é um must-watch para qualquer fã de animes de esporte que se preze. A premissa não é muito diferente de outras que você encontrará no gênero (nunca é), mas o que importa é o desenvolvimento dos personagens 
– isso, meus amigos, Diamond no Ace faz muito bem. Muitas imagens de dor e sofrimento vos aguardam durante a caminhada do protagonista Eijun Sawamura para se tornar um arremessador melhor e do Colégio Seidou em busca de reganhar seu prestígio nacional, mas prometo que vocês não irão se arrepender. 

Pelo que me foi informado, o mangá foi dividido em duas partes e o anime adaptou a primeira parte completa. Resta-nos esperar que a segunda parte junte uma quantidade suficiente de material e torcer para que tenhamos uma terceira temporada. 

#14 3-gatsu no Lion

Episódios: 22 | Estúdio: Shaft | Ano: 2016


Ainda que a segunda metade de 3-gatsu no Lion tenha deslizado feio em alguns momentos, o anime não deixa de ser uma das melhores coisas que eu já tive o prazer de acompanhar. Não conhecia os trabalhos da Chika Umino antes de 3-gatsu no Lion, mas hoje sou obrigada a admitir que a mulher é foda. Falei um pouquinho mais sobre ela no nosso especial do Dia Internacional da Mulher, porém quero enfatizar que o ponto forte dela está em criar personagens humanos, que desenvolvem relações críveis entre si, explorando desde problemas psicológicos (como a depressão) até as dificuldades do processo de amadurecimento.

Acredito que eu e a Gab já tenhamos falado o suficiente sobre a obra em outras oportunidades, portanto deixarei os links aqui para que os interessados confiram:

Especial | Dia Internacional da Mulher: mulheres da indústria dos animes e mangás que você precisa conhecer

 

IMPRESSÕES FINAIS #02: Temporada de Outono (2016). [Edit da repostagem: Infelizmente não conseguimos recuperar a postagem anterior]

#13 Rainbow: Nisha Rokubou no Shichinin

Episódios: 26 | Estúdio: Madhouse | Ano: 2010

RAINBOW é mais um anime da série “famoso, mas nem tão famoso assim”. Basicamente explora o tema “bandido bom é bandido morto?”. Eu fiz uma review gigantesca ano passado falando dessa obra e recomendo que confiram para quem se interessar pelo assunto: 
Review | Rainbow: Nisha Rokubou no Shichinin: bandido bom é bandido morto?.

#12 Amanchu!

Episódios: 12 | Estúdio: J.C.Staff | Ano: 2016


Amanchu! é um dos animes mais amorzinhos que você vai encontrar por aí. Centrado nas protagonistas Hikari Kohinata (15), uma garota extrovertida que é apaixonada por scuba diving, e Futaba Ooki (16), uma garota tímida que sofre de fobia social, Amanchu! é uma linda história de superação. Desenvolvendo a relação entre as duas garotas e os futuros membros do clube de scuba diving, a obra retrata o dia a dia dessas colegiais enquanto elas caminham em direção à resolução de seus conflitos pessoais.

#11 Hachimitsu to Clover

Episódios: 24+12 | Estúdio: J.C.Staff | Ano: 2005


Hachimitsu to Clover é mais uma obra criticamente aclamada da Chika Umino. Considerando o que já falei sobre a mangaká anteriormente, não preciso nem explicar por que a adaptação de Hachimitsu to Clover figura aqui. Gostaria apenas de destacar que esse foi o primeiro anime a ir ao ar no bloco noitaminA e que, diferentemente de 3-gatsu no Lion, ele é centrado em jovens adultos e os conflitos pelos quais se tem de passar durante essa transição entre a adolescência e a vida adulta. Como é de se esperar, há temas mais pesados sendo explorados aqui do que em 3-gatsu no Lion (embora o anime tenha sido devidamente cortado em algumas cenas). 

#10 Fune wo Amu

Episódios: 11 | Estúdio: Zexcs | Ano: 2016


Como diria a Gab, Fune wo Amu é aquele anime hipster que ninguém conhece, mas deveria conhecer. Os gringos costumam chamá-lo de “hidden gem” 
– aquele tipo de obra que é ofuscada por outras estreias e infelizmente acaba sendo deixada de lado pelo público majoritário. Apesar disso, como costumo fazer guias para o blog desde o ano passado, Fune wo Amu não me escapou.

A Gab falou dele nas impressões finais da temporada de outubro do ano passado melhor do que eu jamais poderia falar e, como concordo completamente com a opinião dela sobre esse anime, deixarei aqui o link para que vocês confiram.

IMPRESSÕES FINAIS #02: Temporada de Outubro (2016). [Edit da repostagem: Infelizmente não conseguimos recuperar a postagem anterior]

#09 USAGI DROP

Episódios: 11 | Estúdio: Production I.G | Ano: 2011


Por algum motivo, japas adoram fazer obras com alusão à dinâmica de como é ser um pai solteiro (ainda que o personagem em si não seja pai de ninguém), como por exemplo: BarakamonUdon no Kuni no Kiniro Kemari, e o próprio Usagi Drop. Cada uma dessas obras explora a relação de adulto-criança de uma forma diferente, mas todas elas são igualmente amorzinhos. Apesar disso, escolhi Usagi Drop por ser a “pioneira” (entre as citadas) e também a mais realista quanto à dinâmica que citei anteriormente.

Usagi Drop basicamente conta a história de Daikichi Kawachi, um cara de 30 anos que possui um bom trabalho, mas que não tem objetivos de vida, e Rin, a filha ilegítima de seu avô. Daikichi, um cara solteiro e sem nenhuma experiência com crianças, decide tomar para si a responsabilidade de criar Rin, e Usagi Drop retrata a jornada dele até que seu objetivo seja alcançado.

São 11 episódios de muito amor e um pouquinho de sofrimento, mas que valem totalmente a pena. Meu único conselho é: finjam que o mangá não existe. Sério, ele não existe, não existe mesmo, ok? E não procurem por quê.

#08 Shirobako

Episódios: 24 | Estúdio: P.A. Works | Ano: 2014


Vencedora do prêmio Animation Kobe Television Award em 2015, Shirobako é uma obra que todo fã de anime que se preze deveria assistir. Quer entender como funciona a indústria dos animes de uma maneira geral? Assista Shirobako.

Leitura complementar: Recomendação | Duas obras para entender como funciona a indústria dos animes e mangás. [Edit da repostagem: Infelizmente não conseguimos recuperar a postagem anterior]

#07 Magi: The Labyrinth of Magic

Episódios: 25+25 | Estúdio: A-1 Pictures | Ano: 2012


Eu amo Magi do fundo do meu coração e realmente gostaria de colocá-lo mais acima nessa lista, mas infelizmente o anime não é tão bom quanto o mangá e por isso ele terá que se contentar com essa posição. A essa altura do campeonato vocês já devem ter percebido que eu amo uma boa história de ação e aventura, certo? Pois bem, é por isso que Magi está aqui.

O universo criado por Shinobu Ohtaka é tão complexo que eu nem sei por onde começar. Magi explora tantos temas… O principal, obviamente, é o destino e o fato de sermos (ou não) escravos dele. Muitos conflitos giram em torno disso, mas ela também fala sobre justiça, pobreza, retrata o embate entre capitalismo e (espécie de) comunismo, militarização das nações, etc. É realmente um prato cheio pra quem curte guerras, tretas políticas e fantasia.

#06 Yahari Ore no Seishun Love Comedy wa Machigatteiru.

Episódios: 13+13 | Estúdio: Brain’s Base (S1), feel. (S2) | Ano: 2013


Eu nunca me identifiquei tanto com um anime na minha vida como me identifiquei com Yahari Ore no Seishun Love Comedy wa Machigatteiru. Se eu fosse um personagem de anime, tenho certeza que seria uma versão feminina do Hachiman 
– um colegial apático com tendências narcísicas e semi-niilistas, o qual acredita firmemente que uma juventude feliz não é nada além de uma farsa e qualquer pessoa que diga o contrário está apenas mentindo para si mesma. É claro que agora, com praticamente 20 anos na cara, não penso mais exatamente como o Hachiman – o processo de amadurecimento faz milagres com a gente. Porém, ainda assim, nada muda o fato de que ver o Hachiman muitas vezes foi como olhar no espelho pra mim, e esse processo de se enxergar na mídia que você consome é algo que eu considero importante.

Yahari Ore no Seishun Love Comedy wa Machigatteiru., de forma resumida, conta a história de Hachiman, Yukino e Yui, três colegiais com personalidades completamente distintas que são obrigados a conviver graças ao Clube de Serviço Voluntário, o qual tem como objetivo ajudar os estudantes que precisam para que atinjam suas metas, e que os três eventualmente passam a fazer parte.

#05 Chihayafuru

Episódios: 25+25 | Estúdio: Madhouse | Ano: 2011


Vencedor do segundo prêmio Manga Taishou e vencedor do Kodansha Manga Award na categoria shoujo em sua 35ª edição, Chihayafuru se tornou tão popular no Japão que fez com que o interesse por karuta competitivo aumentasse, tendo vendido mais de 4,5 milhões de cópias, e recebendo elogios dos críticos pela bela combinação dos elementos de esporte e literatura. Chihayafuru se trata de um josei maravilhoso que eu venderia minha alma por uma terceira temporada. Para quem se interessar, o Shiki falou mais detalhadamente sobre a obra em outra oportunidade aqui no blog:

Recomendação | Chihayafuru: não é apenas um jogo, mas sim um esporte.

#04 Fullmetal Alchemist: Brotherhood

Episódios: 64 | Estúdio: Bones | Ano: 2009


A obra prima de Arakawa Hiromu. O melhor shounen de ação e aventura de todos os tempos. Aquele must-watch para todos os fãs de anime, novos ou velhos. Eu posso ou não estar exagerando aqui, mas foi exatamente assim que eu me senti durante a minha maratona de quatro dias de FMAB (sim, quatro dias 
– vi 64 episódios em 4 dias porque era bom demais e eu simplesmente não conseguia parar de ver). Assistam. 

#03 FATE/ZERO

Episódios: 13+12 | Estúdio: ufotable | Ano: 2011


Baseado na Light Novel escrita por Gen UrobuchiFate/Zero descreve os eventos da Quarta Guerra do Cálice Sagrado 
– dez anos antes de Fate/Stay Night. Quem conhece o Urobuchicarinhosamente apelidado pelos fãs de Butcher (açougueiro, em inglês), já imagina o que vem pela frente, certo? Isso mesmo: sofrimento. Fate/Zero, ao contrário de Fate/Stay Night, não está aqui para nos contar uma história bonita, e acho que é isso que torna a obra tão incrível a meu ver. Falei mais detalhadamente sobre a obra aqui:

Recomendação: Fate/Zero: testemunhe o desenrolar de uma batalha épica pela sobrevivência que pode selar o destino da humanidade.

#02 Haikyuu!!

Episódios: 25+25+10 | Estúdio: Production I.G | Ano: 2014


Na minha humilde opinião, Haikyuu!! é o melhor anime de esporte de todos e estou aqui para enaltecer essa obra de arte. Já falei sobre ele em outras oportunidades, por isso vou deixar aqui os links para os interessados:

Recomendação | Haikyuu!!: o anime de vôlei que vai te tirar o fôlego

IMPRESSÕES FINAIS #02: Temporada de Outono (2016)[Edit da repostagem: Infelizmente não conseguimos recuperar a postagem anterior]

 

#01 Psycho-Pass

Episódios: 22+11 | Estúdio: Production I.G | Ano: 2012


Quem me conhece já estava cantando esse primeiro lugar que eu sei. Mas, bem, antes de prosseguirmos, gostaria de informar a todos que a segunda temporada de Psycho-Pass não existe, ok? Não existe. Mudaram o estúdio, a equipe e estragaram a porra toda. Entretanto, não se preocupem, pois a primeira temporada acaba fechadinha.

Votado como quarto melhor título do ano no Newtype Anime Awards de 2013, Psycho-Pass explora o conceito de justiça e a forma com a qual ele é aplicado. A história se passa no século XXII, uma época em que o Japão implantou um sistema conhecido como Sibyl, um método objetivo capaz de determinar o nível de ameaça que cada cidadão apresenta de acordo com um exame de seu estado mental, à procura de sinais de intenções criminosas, conhecidas como Psycho-Pass. Sabe aquele negócio de “você é inocente até que se prove o contrário”? Então, isso não existe aqui.

É claro que assim como qualquer outra criação humana, o sistema Sibyl não é perfeito e muito menos tão confiável quanto os inspetores (a polícia de lá) acreditavam. Akane Tsunemori, uma jovem que deseja honestamente manter a justiça funcionando, precisa lidar com a questão do que realmente significa a palavra justiça e se ela realmente pode ser aplicada através do uso desse sistema que pode muito bem já ter sido corrompido. Psycho-Pass é uma obra de ficção científica e policial que apresenta várias cenas de ação, às vezes com bastante sangue (pesadas mesmo na versão não censurada), e que mexe com elementos psicológicos do ser humano. Para os fãs de discussões filosóficas como eu e para quem gosta de sofrer nas mãos do Butcher, recomendo demais.

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